Presidente dos EUA, Barack Obama, e a primeira-dama Michelle Obama chegam na Igreja de St. John antes da cerimônia de posso, em Washington (REUTERS / Joe Skipper)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 13h00.
Washington - O presidente Barack Obama preparou um segundo discurso de posse que discute suas visões para o futuro dos Estados Unidos, definindo a base para o debate sobre impostos, armas, imigração e outras questões, mas sem maiores detalhes.
O discurso de hoje, que será realizado logo após Obama jurar "fielmente ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos" no Capitólio, não inclui o anúncio de novas políticas, segundo seus assessores.
Em vez disso, Obama pretende usar o momento da mesma forma em que ele tradicionalmente tem sido usado na maioria das 56 posses anteriores - para falar dos valores norte-americanos e de sua importância para o sucesso do país hoje.
A posse dá chance a Obama de ser o centro das atenções em todo o mundo. Os assessores afirmam que ele tem trabalhado no discurso desde o início de dezembro, ciente do seu lugar na história.
Ele convidou historiadores à Casa Branca e escolheu fazer o juramento com as bíblias de Abraham Lincoln e de Martin Luther King Jr nas mãos.
O discurso vai inaugurar um segundo mandato repleto de difíceis batalhas. Obama pode fazer referência ao tiroteio ocorrido no mês passado em Connecticut, que levou a questão do controle de armas ao topo das suas prioridades.
É possível que ele fale também da necessidade de uma reforma de imigração e da volta de tropas norte-americanos do Afeganistão.
Os conselheiros da Casa Branca veem o discurso da posse como uma oportunidade de o presidente discutir sua agenda para os próximos quatro anos, em termos genéricos.
O conselheiro sênior Robert Gibbs disse que Obama vai usar a oportunidade para comunicar que "vamos adiante do que tem paralisado esta cidade por tanto tempo".
Segundo ele, Obama quer que democratas e republicanos "deixem da lado o partidarismo" para resolver problemas relacionados ao orçamento, impostos, gastos, armas e imigração.
Gibbs afirmou que o presidente vai dizer ao país que isso será possível "se sentarmos por tempo suficiente, trabalharmos juntos e conversarmos juntos".
"Acredito que ele está confortável com o que tem, entende o momento em que o país está e está ansioso para começar", disse Gibbs em entrevista à uma rede de televisão norte-americana.
Os discursos de posse não costumam ser partidários e assessores da Casa Branca dizem que Obama não pretende falar de seus adversários políticos, mas defenderá seus valores e visões, apoiados pela maioria dos eleitores na eleição de novembro. As informações são da Associated Press.