Bruno Gollnich, líder do partido em Lyon e durante anos braço-direito de Jean-Marie Le Pen, antecipou em entrevista ao jornal "Le Progrès" sua intenção de votar em Sarkozy, segundo ele "a escolha menos má" para o país (Dan Kitwood/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2012 às 10h37.
Paris - Dois dirigentes históricos da ultradireitista Frente Nacional (FN), Bruno Gollnich e Carl Lang, declararam apoio a candidatura de Nicolas Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais francesas do próximo domingo.
Os políticos anunciaram sua posição um dia antes da presidente da FN, Marine Le Pen, declarar seu voto. Está previsto que a líder faça isso durante a tradicional festa de Joana d"Arc, que será celebrada nesta terça-feira em Paris.
Le Pen ficou ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições com 18% dos votos (6,5 milhões de eleitores), e assegurou que seu posicionamento para essa etapa da eleição será claro.
Gollnich, líder do partido em Lyon e durante anos braço-direito de Jean-Marie Le Pen, antecipou em entrevista ao jornal "Le Progrès" sua intenção de votar em Sarkozy, segundo ele "a escolha menos má" para o país. O dirigente, no entanto, condicionou seu voto em Sarkozy ao apoio dos candidatos da extrema-direita nas eleições legislativas de junho.
Já Carl Lang considerou que "o mais prejudicial para a França seria a vitória" do candidato socialista, François Hollande, e conclamou seus simpatizantes a "frearem a esquerda comunista", segundo o periódico conservador "Le Figaro".
O ex-secretário-geral da FN atacou vários pontos do programa de Hollande, como "o direito de voto aos estrangeiros e a legalização do casamento homossexual".
Segundo pesquisa publicada hoje pelo instituto Ipsos, 54% dos eleitores de Le Pen no primeiro turno devem apoiar Sarkozy, e 14% votariam em Hollande. EFE