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Dirigentes esportivos morrem em atentado na Somália

O atentado ocorreu durante um ato oficial no Teatro Nacional de Mogadíscio

Em frente ao teatro, as ambulâncias levavam os feridos mais graves e as pessoas ensanguentadas eram atendidas no local (©AFP / Mohamed Abdiwahab)

Em frente ao teatro, as ambulâncias levavam os feridos mais graves e as pessoas ensanguentadas eram atendidas no local (©AFP / Mohamed Abdiwahab)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 14h29.

Mogadíscio - Um atentado suicida praticado nesta quarta-feira por uma mulher-bomba, em Mogadíscio capital da Somália, matou quatro pessoas, inclusive altos dirigentes do esporte do país, o presidente do Comitê Olímpico somali, Aden Yabarow Wiish, e o presidente da Federação de Futebol da Somália, Said Mohamed Nur.

Além de confirmar as mortes, o porta-voz do primeiro-ministro, Abdirahman Omar Osman, informou à AFP que também havia "quatro ou cinco feridos em estado crítico".

O atentado ocorreu durante um ato oficial no Teatro Nacional de Mogadíscio e outro morto foi identificado como Abdullahi Dirie Ali, um popular compositor somali que usava o nome artístico de Qabyaalad Diid.

O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, expressou sua emoção depois do atentado.

"Estou comovido com este ataque que fez vítimas e custou a vida do presidente da Federação Somali de Futebol, Said Mohamed Nur, e do presidente do Comitê Olímpico da Somália, Aden Yabarow Wiish, a quem conhecia pessoalmente", afirmou Blatter em um comunicado.

"Quero prestar homenagem a seus imensos esforços para promover o esporte em seu país. Seu desaparecimento nos deixa uma grande tristeza", concluiu.


A mulher, cujos restos podiam ser vistos no local da explosão, era aparentemente muito jovem e detonou os explosivos que escondia sob a roupa no início do discurso do chefe do Governo, Abdiweli Mohamed Ali.

De acordo com Osman, quatro ou cinco feridos estão em estado grave.

Em frente ao teatro, as ambulâncias levavam os feridos mais graves enquanto pessoas ensanguentadas eram atendidas no local. Um dos feridos em pior estado era o deputado Mowlid Ma'an Mohamud.

Segundo a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras, sete jornalistas que cobriam a cerimônia no teatro ficaram feridos.

O porta-voz das milícias islamitas shebab (em guerra contra o frágil governo de transição somali) disse a uma rádio local que o ataque foi executado por uma simpatizante desse movimento, sem assumir diretamente a responsabilidade.

A cerimônia recordava o primeiro aniversário do reinício das transmissões da televisão nacional.

O Teatro Nacional de Mogadíscio foi reconstruído e as reformas, concluídas no mês passado, foram planejadas especialmente para a ocasião.

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