Em nota na noite desta terça-feira, a Chevron disse que "está confiante de que em todos os momentos agiu cuidadosamente" (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2012 às 23h02.
Rio de Janeiro - A Chevron ainda deve explicações à Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre como mitigar e reconhecer o problema de derramamento no campo de Frade, disse a diretora geral da autarquia nesta terça-feira.
"Voltar a perfurar e injetar é mais complicado porque passa por explicar para a ANP o que eles vão fazer para mitigar e reconhecer o problema, e esta parte ainda não foi integralmente reconhecida", disse a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
Questionada se existe protecionismo com a Petrobras em detrimento de empresas estrangeiras, a diretora da ANP afirmou: "Eu fui muito mais dura com a Petrobras do que com a Chevron." "Eu cheguei a parar plataforma de produção e plataforma de perfuração da Petrobras. Foram nove em um ano e meio. Se tivesse feito isso com a Chevron, ela estaria arrasada", completou Chambriard.
Na segunda-feira, ela havia dito que a autarquia vai multar a petrolífera Chevron por conta do vazamento de mais de dois mil barris de óleo ocorrido no campo de Frade, na bacia de Campos, em novembro do ano passado.
Em nota na noite desta terça-feira, a Chevron disse que "está confiante de que em todos os momentos agiu cuidadosamente e apropriadamente, e de acordo com as melhores práticas da indústria do petróleo." "A fonte do vazamento foi contido em quatro dias. O monitoramento contínuo da área do incidente não mostra nenhum impacto perceptível ambiental para a vida marinha ou à saúde humana. Nenhum óleo atingiu a costa do Brasil", afirmou a empresa, acrescentando que ainda tem de concluir a investigação sobre a geologia de Frade.