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Diretor diz que profundidade nada tem a ver com acidente no Golfo

Segundo Guilherme Estrella. da Petrobras, acidente com a BP poderia ter acontecido a 100 metros ou 5 mil metros

Mancha de petróleo após acidente no Golfo do México (.)

Mancha de petróleo após acidente no Golfo do México (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A tragédia no Golfo do México não tem nada a ver com a profundidade em que a atividade estava sendo realizada, garantiu o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, na entrevista que se seguiu ao anúncio do plano de investimentos da estatal até 2014.

"Foi um acidente - e depois da conclusão das apurações sobre as causas do vazamento no Golfo - se verá que ele não tem nada a ver com a profundidade da lâmina d'água. Ele poderia ter acontecido em lâmina d'água de 100 metros ou 3 a 5 mil metros. Não tem nada a ver uma coisa com a outra."

Segundo Estrella, desde o acidente a Petrobras tomou a iniciativa de por à disposição da British Petroleum (BP) - empresa responsável pela exploração no Golfo do México - toda e qualquer ajuda necessária.

"Nossos técnicos estão lá participando dos esforços para controlar o problema. A nossa experiência maior é em perfuração segura em águas profundas e nós estamos ajudando exatamente nesta parte: na perfuração dos poços de alívio - o que vem sendo feito desde o início da tragédia", garantiu.

O diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, disse que o acidente com a BP não prejudicou a atividade da estatal na parte americana do Golfo do México.

Segundo ele, os investimentos previstos na a área internacional nos próximos cinco anos serão de US$ 11,5 bilhões, com foco no desenvolvimento da atividade de exploração e produção exatamente no Golfo do México (Cascade, Chinook, Saint Malo e Tiber), na Costa Oeste da África (Nigéria) e no Peru.

Zelada disse que a decisão da moratória norte-americana no setor de perfuração a partir do vazamento não vai prejudicar as atividades da estatal na região. "A moratória é apenas para a parte de perfuração e Chinook-Cascade é um sistema já em procedimento de instalação para produção, os poços já estão perfurados, a exceção de um deles que acabou também entrando na moratória. Mas, até o momento não existe nenhuma deliberação sobre os nossos procedimentos de instalação do sistema."

Zelada afirmou que a estatal continua com a previsão de começar a produzir na região no início do segundo semestre deste ano, ou no início do último trimestre do ano. "A produção prevista para a fase 1 dos dois campos é de 80 mil barris de petróleo por dia."

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