EI: a morte de Khan deve afetar suas "conexões" com a matriz do grupo na Síria (Dado Ruvic/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de junho de 2017 às 18h00.
Cabul - O diretor de comunicação do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, Jawad Khan, morreu no último dia 3 de junho em um bombardeio das tropas internacionais no leste do país, informaram nesta sexta-feira fontes americanas.
"Khan morreu em um bombardeio em Achin, na província de Nangarhar, no dia 3 de junho, como parte dos esforços em marcha para derrotar neste ano o EI-K", ou EI-Khorasan, como se denomina a facção afegã do grupo, informou o escritório de comunicação das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão.
"A sua morte interromperá a rede do EI-K, deteriorará seu processo de recrutamento e dificultará suas tentativas de fazer operações internacionais", afirmou o comandante das forças dos EUA e da OTAN no país, general John Nicholson.
A ação também destruiu um importante centro de produção de propaganda, o que, junto à morte de Khan, deve afetar suas "conexões" com a matriz do grupo na Síria, segundo a nota.
O anúncio acontece no dia seguinte ao que as autoridades afegãs confirmaram a tomada por parte do EI das famosas montanhas de Tora Bora, onde o líder e fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden, se escondeu após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Esta é a conquista mais importante dos jihadistas desde que, no último dia 13 de abril, perderam sua principal base em um bombardeio dos Estados Unidos em Achin.
Na ocasião, os EUA usaram a chamada "mãe de todas as bombas", uma das armas de maior capacidade destrutiva do seu arsenal convencional, para acabar com um complexo de cavernas e bunkers em que morreram cerca de 100 membros e comandantes do grupo.
Duas semanas depois, morria na mesma região o chefe do grupo no país, Abdul Hasib, em uma operação conjunta das tropas afegãs e americanas.