Diretor-geral da Aviação Civil da Malásia entregou o cargo nesta terça-feira (31), um dia depois da publicação de um relatório sobre o desaparecimento do avião da Malaysian Airlines em 2014 (Sadiq Asyraf/Reuters)
AFP
Publicado em 31 de julho de 2018 às 09h01.
Última atualização em 31 de julho de 2018 às 09h01.
O diretor-geral da Aviação Civil da Malásia entregou o cargo nesta terça-feira (31), um dia depois da publicação de um relatório sobre o desaparecimento do avião da Malaysian Airlines que fazia o voo MH370 em 2014, com 239 pessoas a bordo.
O informe apresentado às famílias das vítimas nesta segunda-feira (30), no Ministério dos Transportes, concluiu que os investigadores foram "incapazes de determinar a verdadeira causa do desaparecimento do MH370".
O documento de 400 páginas aponta ainda as inúmeras falhas dos controladores aéreos na Malásia e no Vietnã, em particular na ativação do protocolo de "fases de emergência", depois do desaparecimento dos radares do Boeing 777 que havia decolado em 8 de março de 2014 de Kuala Lumpur rumo a Pequim.
O relatório afirma que o controle aéreo não respeitou os procedimentos operacionais habituais, declarou o diretor-geral da Aviação Civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.
"Em consequência, é com pesar e depois de refletir que decido me demitir", acrescentou.
Não se encontrou nenhum rastro do avião nos 120.000 quilômetros quadrados varridos no oceano Índico. A investigação liderada pela Austrália, o maior mistério de toda história da aviação, foi suspensa em janeiro do ano passado.
Foram encontrados apenas três fragmentos confirmados do MH370, todos eles na costa do oceano Índico ocidental, e houve grande quantidade de teorias sobre o sumiço do avião: de um acidente a sequestro, passando por um ataque terrorista.