Colômbia: o diretor da unidade anticorrupção é acusado de acertar cobrança de propina para influenciar julgamento (Thinkstock/Thinkstock)
EFE
Publicado em 27 de junho de 2017 às 19h34.
Última atualização em 27 de junho de 2017 às 19h34.
Bogotá - O diretor da Promotoria Nacional contra a Corrupção da Colômbia, Luis Gustavo Moreno, foi preso nesta terça-feira acusado de conspiração para lavar dinheiro para promover o pagamento de propinas e corrupção, informou o procurador-geral do país, Néstor Humberto Martínez.
Moreno foi preso em cumprimento de uma ordem de captura da Interpol, que atendia um pedido de extradição dos Estados Unidos, explicou a Procuradoria-Geral da Colômbia em comunicado.
Martínez confirmou a prisão com "indignação e profunda dor institucional".
A detenção ocorreu com auxílio de agentes do Corpo Técnico de Investigações (CTI) da Procuradoria-Geral, com apoio da Agência Antinarcóticos dos EUA (DEA).
"Moreno foi preso por condutas que lesam gravemente a integridade desta instituição. A ordem de captura foi emitida pela Interpol em Lyon pelos crimes de conspiração para lavar dinheiro com objetivo de promover o pagamento de propina e a corrupção na Colômbia", disse.
O procurador-geral disse que Moreno será levado ao pavilhão de "extraditáveis" da prisão La Picota, de Bogotá, já que é requerido pela Corte Federal para o Distrito Sul da Flórida.
Martínez destacou a colaboração dos Estados Unidos na prisão. O diretor da unidade anticorrupção é acusado por acertar junto com seu advogado, Luis Pinilla Gómez, para cobrar dinheiro do ex-governador do departamento de Córdoba Alejandro Llyons para que Moreno mudasse sua atuação nos casos contra o político.