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Direção rebelde líbia rejeita diálogo com missão britânica

Direção rebelde anunciou neste domingo que tinha em seu poder oito cidadãos britânicos que foram detidos nas imediações de Tobruk, onde chegaram em um helicóptero

Fila de refugiados da Líbia: Ghoga rejeitou que o incidente de hoje tenha gerado uma crise com o Reino Unido (Joel Saget/AFP)

Fila de refugiados da Líbia: Ghoga rejeitou que o incidente de hoje tenha gerado uma crise com o Reino Unido (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2011 às 16h21.

Benghazi - A direção rebelde líbia rejeitou neste domingo qualquer diálogo com uma missão britânica que chegou à região, ao considerar que tinha entrado "de maneira ilegal".

"Damos as boas-vindas a qualquer delegação britânica, mas tem que ser de forma oficial", afirmou o porta-voz do Conselho Nacional rebelde em entrevista coletiva que ofereceu na cidade de Benghazi, no oriente do país.

A direção rebelde anunciou neste domingo que tinha em seu poder oito cidadãos britânicos que foram detidos nas imediações de Tobruk, onde chegaram em um helicóptero.

De Londres afirmaram que essa missão, da qual fazia parte um diplomata, tentava ligar com o Conselho Nacional líbio criado para representar à zona da Líbia que caiu nas mãos dos rebeldes.

O porta-voz rebelde disse que os oito britânicos, um diplomata e seus seguranças, a que se lhes confiscaram as equipes que trouxeram a Benghazi, foram bem tratados e acrescentou que "provavelmente já estão em seu caminho outra vez".

Ghoga rejeitou que este incidente tenha gerado uma crise com o Reino Unido.

Os militares, membros das Forças especiais britânicas SAS, embarcaram com destino a Malta no HMS Cumberland, informou "Al Jazeera".

Conforme uma de suas repórteres, antes de embarcar lhe mostraram uma carta oficial que explicava que acompanhavam um diplomata que tratava de ligar com o comando rebelde.

Na entrevista coletiva Ghoga reiterou, além disso, que as localidades ocidentais de Al Zawiyah e Misrata continuam em poder dos "revolucionários" apesar da ofensiva das brigadas fiéis ao coronel Muammar Kadafi.

"Em Al Zawiyah e Misrata houve ataques por parte das Forças e os mercenários de Kadafi para voltar a controlá-las. Queremos declarar que fracassaram", disse Ghoga.

O porta-voz rebelde reconheceu que em Al Zawiyah, localidade sitiada pelas Forças de Kadafi há três dias sofre falta de alimentos e remédios, mas indicou que, apesar das dificuldades, sua população resiste.

Além disso, insistiu que Tobruk, perto da fronteira egípcia e Ras Lanuf no litoral central do país, continuam em poder dos rebeldes, desmentindo as informações emitidas de Trípoli que anunciavam a recuperação destas cidades por parte das Forças fiéis a Kadafi.

"O regime utiliza os rumores de maneira premeditada para debilitar a moral do povo líbio", sentenciou.

Por outra parte, ressaltou que não receberam nenhuma notificação oficial sobre a proposta do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para mediar no conflito.

"Não há negociação de paz com Kadafi", ressaltou sobre este assunto Ghoga.

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