A escalada da crise política na Venezuela e a possibilidade cada vez mais remota de diálogo entre Nicolás Maduro e a oposição levaram os governos do Brasil e da Colômbia a tentarem, mais uma vez, uma conversa telefônica, nesta quarta-feira, 4, com o líder chavista. Interlocutores da área diplomática afirmam que Maduro não dá sinais de que quer negociar, enquanto a oposição pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continue buscando uma solução.
A expectativa é que, além de Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, Andrés Manuel López Obrador, do México, participe da reunião, que poderá acontecer na parte da tarde. López Obrador estava afastado das negociações, porque no próximo dia 1º de outubro ele será substituído por Claudia Sheinbaum. A reunião virtual entre os três líderes latino-americanos foi anunciada, na terça-feira, pelo chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo.
Para auxiliares de Lula, o mandado de prisão emitido contra o candidato opositor Edmundo González, que denunciou fraude e reivindica a vitória nas eleições presidenciais de julho, torna ainda mais difícil encontrar caminhos para resolver esse impasse.
Na noite de terça-feira, Brasil e Colômbia divulgaram uma nota conjunta criticando abertamente a decisão da Justiça venezuelana, que acolheu o pedido do Ministério Público do país caribenho e decretou a prisão de González.
"Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas", diz o texto.
A nota se referia a um acordo firmado, no fim do ano passado, entre representantes de Maduro e oposição, prevendo eleições livres, justas, transparentes e aceitas por todos. O Brasil e outros países, como Colômbia, México e Chile, participaram das negociações e os Estados Unidos chegaram a acenar com a retirada de sanções contra o governo venezuelano, se o que foi combinado fosse cumprido.
Integrantes da área diplomática do governo afirmaram que não há, por enquanto, qualquer fato novo além da nota de terça-feira. A "grande notícia", afirmou um embaixador, é se Maduro realmente topar conversar com o trio de presidentes.
A posição do governo brasileiro não mudou: o Palácio do Planalto, além de defender um acordo entre Maduro e González, quer que as atas eleitorais de 28 de julho sejam divulgadas. Somente como esses documentos será possível confirmar como foi a votação.
Por enquanto, o Brasil não reconhece nenhum do dois como vencedor. A posse do presidente eleito da Venezuela está marcada para janeiro de 2025.
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Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira
(Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira)
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Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira
(Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.
(Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.)
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Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira
(Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
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11/20
Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.
(Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.)
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Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas..)
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Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.
(Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.)
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Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)