Todos os funcionários da legação voltarão a seus postos em breve, embora ao longo do próximo ano as atividades consulares não devem ser realizadas, assim como recepções e atos com grande exposição pública (Mohamed Abd El-Ghany/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2011 às 10h32.
Jerusalém- Quatro diplomatas israelenses retornarão nesta semana à embaixada no Cairo, que permanece fechada desde o ataque de manifestantes realizado há duas semanas.
Os enviados israelenses trabalharão de um outro prédio e se ocuparão de tarefas corriqueiras, informou neste domingo o jornal israelense "Yedioth Aharonot" em sua versão digital.
Os diplomatas serão acompanhados de vários guardas, entre os quais estarão alguns dos que tiveram de ser escoltados por soldados do Exército egípcio em 9 de setembro, quando a embaixada foi atacada por uma multidão que exigia o fim das relações diplomáticas entre os dois países.
Segundo fontes oficiais citadas pelo jornal, todos os funcionários da legação voltarão a seus postos em breve, embora ao longo do próximo ano as atividades consulares não devem ser realizadas, assim como recepções e atos com grande exposição pública.
O objetivo é manter a discrição e não chamar a atenção, em um momento no qual as manifestações de rejeição a Israel crescem entre a população egípcia.
O jornal "Al-Ahram" afirmou neste domingo que um egípcio milionário teria pago os manifestantes para que fizessem o ataque contra a embaixada.
Responsáveis do Ministério das Relações Exteriores israelense convocaram nesta sexta-feira o embaixador egípcio em Tel Aviv, Yasser Rida, para expressar sua "inquietação" diante dos fatos violentos, nos quais morreram três egípcios e mais de mil ficaram feridos.
As autoridades israelenses expressaram também sua preocupação pelas consequências que os episódios podem ter nos laços egípcio-israelenses e pediram a Rida que esclareça as declarações feitas por alguns responsáveis egípcios sobre o tratado de paz assinado entre os dois países em 1979.