Nova Déli - A dinastia Nehru-Gandhi, que definiu a polícia indiana por quase um século, deve sofrer uma humilhante derrota quando os resultados forem divulgados na sexta-feira. Uma esperada vitória do líder da oposição, Narendra Modi, pode condenar a família ao esquecimento político.
Frequentemente descrita como uma mistura de família real com o trágico glamour dos Kennedys nos Estados Unidos, a dinastia deu à Índia seu primeiro primeiro-ministro, Jawaharlal Nehru.
Sua filha, Indira Gandhi, e seu neto, Rajiv, subiram ao cargo subsequentemente, e ambos foram assassinados.
De alguma forma, a família estava em declínio muito antes das eleições parlamentares, já que não conquista uma maioria parlamentar em décadas.
A tentativa de Rahul Gandhi de continuar no poder pelo terceiro mandato consecutivo foi considerada pouco brilhante até mesmo por aliados, e seus discursos em comícios no país nos últimos meses estavam muito distantes da lendária retórica dos Nehru.
Em comparação com a campanha eletrizante de Modi, durante a qual ele repetidamente acusou Rahul, de 43 anos, e sua mãe, Sonia, de manter a Índia pobre, a família Gandhi fica vulnerável.
Sonia, o poder por trás da cadeira de primeiro-ministro ocupada por Manmohan Singh, foi a responsável pelo pior resultado do Partido do Congresso, em 1999. Desde então ela conseguiu vitórias ao partido nas duas eleições subsequentes.
Mesmo assim, tanto líderes do Partido do Congresso, de Gandhi, quanto do partido nacionalista Bharatiya Janata (BJP) disseram acreditar que Modi tentará enfraquecer a dinastia Gandhi na Índia caso vença.
Eles usam como argumento o Estado de origem dele, Gujarat, onde ele sistematicamente afastou rivais de instituições e venceu três eleições seguidas, tirando proveito de suas políticas pró-negócios.
“Ele vai desarmá-los politicamente. Veja o que fez em Gujarat: ele reduziu o (Partido do) Congresso a uma posição sem influência”, disse Kanchan Gupta, membro do comitê executivo do diretório nacional do BJP.
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1. Torturar e tolerar
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1/14 (Antonio Cruz/ABr/Wikimedia Commons)
São Paulo - Muita gente ao redor do mundo tem medo da sua própria polícia. Se levados sob custódia, temem ser torturados. Outro tanto, por outro lado, defende a tortura em alguns casos. Um
estudo da Anistia Internacional, que entrevistou pessoas de 21 países de todos os continentes, traz essas revelações. O estudo faz parte da campanha global anti-tortura lançada pela entidade. "Governos ao redor do mundo têm duas caras em relação à tortura. Por um lado, a proíbem. Por outro, facilitam a sua prática", diz Salil Shetty, secretário-geral da entidade. Desde 1984, 155 nações assinaram a convenção da ONU contra a prática de tortura. Desses, 142 são observados pela Anistia Internacional. O dado alarmante: 79 casos de tortura já foram rastreados em 2014. Mais da metade deles aconteceram em países que ratificaram a convenção da ONU. Em outras palavras: só são contra a tortura no papel. Veja a seguir, entre os países pesquisados, aqueles em que a opinião pública é mais a favor da tortura, "dependendo da situação". Os entrevistados ainda responderam se temem ser torturados pela polícia e se são a favor de leis nacionais claras contra a prática.
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2. 1. China
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2/14 (REUTERS/China Daily)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 74%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 25% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 87%
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3. 2. Índia
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3/14 (Rouf Bhat/AFP)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 74%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 34% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 73%
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4. 3. Quênia
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4/14 (AFP)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 66%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 58% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 83%
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5. 4. Nigéria
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5/14 (Quentin Leboucher/AFP)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 64%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 50% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 74%
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6. 5. Paquistão
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6/14 (AFP / Aamir Qureshi)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 56%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 58% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 81%
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7. 6. Indonésia
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7/14 (Adek Berry/AFP)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 50%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 54% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 86%
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8. 7. Estados Unidos
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8/14 (Khaled Abdullah/Reuters)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 45%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 32% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 77%
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9. 8. Peru
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9/14 (Bloomberg)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 40%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 54% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 71%
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10. 9. Turquia
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10/14 (REUTERS/Stringer)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 32%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 58% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 84%
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11. 10. México
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11/14 (Alan Ortega/Reuters)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 29%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 64% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 74%
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12. 11. Reino Unido
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12/14 (Christopher Furlong/Getty Images)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 29%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 15% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 86%
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13. Bônus: Brasil
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13/14 (REUTERS/Nacho Doce)
Tortura é justificável, dependendo do caso: 19%
Cidadãos temem que, se levados pela polícia, possam ser torturados: 80% Defendem leis claras contra a tortura, garantindo os direitos humanos: 83%
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14. Agora descubra onde mais presos são executados
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14/14 (AFP)