EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Natal - A candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, afirmou que o rival do PSDB, José Serra, está usando a mesma estratégia aplicada em 2002, quando enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva na disputa para presidente.
"É visível a tática do medo como ele adotou em 2002. As pessoas tem memória. Recordo um programa de televisão feito durante a campanha que uma atriz foi para televisão e disse que tinha medo", afirmou, em tom incisivo, a petista, em referência à participação da atriz Regina Duarte na campanha tucana.
"Ele está repetindo a tática. Essa repetição é baseada em acusações irresponsáveis e infundadas", completou, em referência às declarações do candidato a vice de Serra, Indio da Costa (DEM), que disse que o PT tem ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Esse nível de campanha, essa diminuição da qualidade da campanha, não interessa a quem tem projetos."
Em Natal, onde cumpre agenda hoje, Dilma confirmou que busca uma identificação com o presidente Lula e acredita que isso poderá ser convertido em votos. "Quanto mais a população conhecer as propostas e identificar minha candidatura, que dará continuidade ao governo do presidente Lula, quanto mais isso acontecer, mais esperamos que no dia 3 de outubro eu seja reconhecida como Presidente do Brasil", afirmou ela, depois de desembarcar no Rio Grande do Norte. Dilma será sabatinada durante a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Críticas
A candidata também criticou o líder da oposição no Senado, senador José Agripino Maia (DEM), pelas declarações de que o governo federal não considerou o Rio Grande do Norte na construção da Transnordestina. A Transnordestina começará no Piauí e ligará os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
"Agora a ligação da Transnordestina com o resto do Nordeste se dará no segundo momento. Se o senador José Agripino achasse que era tão importante uma ferrovia para o Nordeste, deveria ter construído pelo menos 1 quilômetro de ferrovia quando esteve no poder e não o fez. O Brasil vai voltar a ter ferrovias. Podemos dizer que vamos fazer porque já fizemos", disse.