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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - Compromissos de caráter oficial, mas com grande potencial eleitoral, têm sido constantes nas agendas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Somando inaugurações, lançamentos de projetos, visitas a unidades industriais e vistorias em canteiros de obras, Lula, sempre acompanhado de sua candidata à Presidência, a ministra Dilma Rousseff, esteve este ano em 27 atividades - em média, uma a cada dois dias e meio.
Dilma chegou a 28, com a inauguração de um hospital estadual no Rio de Janeiro, sem a presença do presidente. No caso de Serra, esses compromissos já somam 32 - um a cada dois dias. Os números referem-se ao período entre 1.º de janeiro e 12 de março.
Se forem levadas em conta apenas as inaugurações, Serra e Lula estão em ritmo bem mais intenso que no ano passado. O governador tucano compareceu a 27 solenidades este ano e o presidente, a 21 (Dilma foi a 22). No mesmo período de 2009, Serra foi a dez inaugurações e Lula, a sete. Em seus discursos, ambos dizem que as obras concluídas são resultado de esforços anteriores, já que estão no último ano do mandato.
As inaugurações se concentram no primeiro trimestre do ano, porque a lei proíbe participação de candidatos nessas solenidades durante a campanha. A partir de 6 de julho, Serra e Dilma não poderão estar nesse tipo de palanque. Como ambos precisam deixar os cargos na primeira semana de abril, não terão justificativa para essa maratona de inaugurações. Lula, que não é candidato, avisou que continuará a inaugurar obras até o fim do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.