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Dilma resiste a pressão da base e mantém 'faxina'

Mesmo com mal-estar no Planalto, a presidente não se preocupa em perder governabilidade

Dilma e sua equipe dizem que foi possível manter a marca de "austeridade" durante a "limpeza" nos Transportes (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Dilma e sua equipe dizem que foi possível manter a marca de "austeridade" durante a "limpeza" nos Transportes (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 08h24.

São Paulo - A despeito das queixas de aliados pelas demissões de representantes do PR no setor de Transportes por supostas irregularidades, a presidente Dilma Rousseff já deu demonstrações de que manterá o rigor na "faxina" nos ministérios sempre que surgirem denúncias consideradas relevantes. Embora haja mal-estar na base de sustentação do Planalto, assessores do governo dizem que não há preocupação com a governabilidade.

Dilma recebeu ontem o ministro das Cidades, Mario Negromonte, da cota do PP. A pasta está na lista de possíveis novos alvos da "faxina" de Dilma, assim como o Ministério do Trabalho, comandado por Carlos Lupi, do PDT, informaram assessores do governo. Em recados que chegaram nos últimos dias ao gabinete da presidente, aliados disseram que até concordam com as mudanças, mas reclamaram das atitudes duras de Dilma em relação aos representantes do PR.

A presidente e sua equipe dizem que foi possível manter a marca de "austeridade" durante a "limpeza" nos Transportes, com 16 demissões. Dilma continuará a dispensar envolvidos em acusações, mas avisou que não será "refém" nem de denúncias publicadas pela imprensa nem de dossiês.

Até mesmo a cúpula do PT está apreensiva com o estilo duro da presidente. Na tentativa de amenizar esse incômodo, auxiliares da presidente observam que não há divergências, por exemplo, com o PMDB, maior partido da base. Eventuais divergências no futuro, dizem, devem ser tratadas caso a caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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