Mundo

Dilma quer manter sigilo eterno para documentos oficiais

Reividicação é dos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney

Acatar a mudança defendida pelos ex-presidentes é a forma encontrada para resolver o tema, debatido com frequência no Senado desde o início do ano (Wilson Dias/ABr)

Acatar a mudança defendida pelos ex-presidentes é a forma encontrada para resolver o tema, debatido com frequência no Senado desde o início do ano (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 10h07.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff vai patrocinar no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais. Segundo a nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o governo vai se posicionar assim para atender a uma reivindicação dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), integrantes da base governista.

A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009. No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de sigilo. Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em no máximo 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora.

"O que gera reações é uma emenda que foi incluída pela Câmara. Vamos recompor o projeto original porque nele não há nenhum ruído, nenhuma reação negativa", disse Ideli à reportagem.

Acatar a mudança defendida pelos ex-presidentes é a forma encontrada para resolver o tema, debatido com frequência no Senado desde o início do ano. O governo cogitou fazer um evento para marcar o fim do sigilo eterno - Dilma sancionaria a lei em 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

O desfecho não foi assim por resistência de Collor. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, ele decidiu relatar a proposta e não deu encaminhamento ao tema. Desde então, a votação vem sendo adiada repetidas vezes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Dilma Rousseffgestao-de-negociosGoverno DilmaLegislaçãoPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresTransparência

Mais de Mundo

Tarifas de Trump abrem espaço para mais negócios com o Brasil, diz diplomata do Canadá

Inglaterra quer proibir venda de facas com ponta para frear assassinatos

"Nós os responsabilizaremos", diz Netanyahu sobre Hamas após entrega de corpos de reféns

Indústria de alimentos tem faturamento recorde, vê decisões de Trump com cautela