Dilma exaltou pensadores brasileiros que analisaram a pobreza do país e buscaram soluções para o problema, como Gilberto Freire, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Josué de Castro e Darcy Ribeiro (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 20h44.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou que o grande mérito do Plano Brasil sem Miséria é trazer para a pauta dos governos o compromisso e a determinação em lutar para que o País não tenha mais miséria. "Devemos (fazer) todo e qualquer esforço para superá-la, para dizer que a luta contra a miséria é dever do Estado e tarefa de todos os brasileiros e brasileiras deste País", exortou.
Em seu discurso, a presidente observou que foram precisos séculos para que "o combate à pobreza se convertesse em política prioritária de governo". Ela lembrou que "os nossos pobres já foram acusados de tudo, inclusive de serem responsáveis pela sua própria pobreza". "Já disseram que se déssemos Bolsa Família, eles se conformariam com a pobreza", criticou. Nesse ponto, Dilma exaltou pensadores brasileiros que analisaram a pobreza do País e buscaram soluções para o problema, como Gilberto Freire, Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Josué de Castro e Darcy Ribeiro.
A presidente afirmou que o plano Brasil sem Miséria reflete a voz desses pensadores, que "reduziram a pó as teorias fatalistas sobre a pobreza no Brasil". Dilma lembrou, ainda, que a família do artista plástico Candido Portinari cedeu todos os direitos de sua obra para ilustrar o plano, cuja imagem principal será a do quadro "Retirantes", que na visão do governo representa a miséria brasileira, que se concentra na Região Nordeste.
Dilma acrescentou que o plano "ecoa a voz, o trabalho e o empenho do presidente Lula", associando o lançamento do projeto ao trabalho realizado por seu antecessor. Por fim, ela alertou que se o governo é capaz de dar atenção aos problemas e às crises, não pode se esquecer da crise "mais permanente e desafiadora", que é a pobreza crônica ainda instalada no Brasil.