Dilma Rousseff aparece na categoria “Política” ao lado de nomes como a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, que passou 15 dos últimos 21 anos em prisão domiciliar. (Sergio Dutti/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2011 às 15h32.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff foi incluída pelo jornal britânico The Guardian na lista das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo. A petista aparece na categoria “Política” ao lado de nomes como a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, que passou 15 dos últimos 21 anos em prisão domiciliar. Também foram lembradas a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher.
A lista foi elaborada em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira. Entre os motivos que tornam a presidente uma personagem inspiradora, o jornal cita sua trajetória política, que incluiu uma passagem como guerrilheira em um grupo de combate ao Regime Militar, quando enfrentou “a prisão e a tortura”. O Guardian ainda descreve Dilma como uma "administradora dura e pragmática".
“Aos 63 anos, ela foi eleita com a promessa de manter a estabilidade econômica, reduzir a pobreza e melhorar os serviços de educação e saúde. Dilma também prometeu melhoras na situação das mulheres no país”, descreve o jornal. O Guardian, porém, não deixou de citar as críticas que Dilma sofreu ainda durante o período eleitoral, quando modificou publicamente sua opinião sobre o aborto. Além disso, o jornal lembra que a então ministra-chefe da Casa Civil teria feito plásticas antes de lançar-se como candidata.
O jornal explica que recebeu mais de 3.000 sugestões de leitores sobre mulheres inspiradoras – cujo comportamento serve de exemplo ou que tenham ajudado outras mulheres, descreve o Guardian. A 100 finalistas foram divididas nas categorias Política; Ativistas; Arte, Cinema, Música e Moda; Negócios e Sindicatos; Direito; Ciência e Medicina; Esporte e Aventura; Escrita Literária e Academia; Tecnologia e Televisão. As escolhidas não aparecem em um ranking numérico porque, segundo o jornal, “é impossível comparar mulheres que põem sua vida em risco por uma causa, como a ativista Malaya Joya - que luta pelos direitos humanos no Afeganistão - com artistas como Lady Gaga".