O ministro da Defesa, Nelson Jobim, comemorou o adiamento da greve nos aeroportos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 17h38.
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje (23) que a aviação civil continuará sendo coordenada pela sua pasta por enquanto, porque a presidenta eleita, Dilma Rousseff, entende que esse não é um “momento ideal” para mudar. Ele reafirmou, no entanto, que, em algum momento, isso acontecerá.
Jobim afirmou recentemente que o governo federal estuda criar uma Secretaria Nacional da Aviação Civil, nos moldes da Secretaria dos Portos, que é vinculada à Presidência da República e tem status de ministério.
“A presidenta entende que deve fazer isso, mas que não é o momento ideal, por causa da situação em que nos encontramos. Mas, em algum momento, a aviação civil se deslocará do Ministério da Defesa e irá para outro local a ser definido pela presidenta”, afirmou Jobim.
O ministro disse ainda que áreas que hoje estão fora do Ministério da Defesa, como o Sistema Nacional de Defesa Civil e o Sistema de Vigilância da Amazônia, serão, com o tempo, incorporados à sua pasta.
Ele também classificou como positiva a suspensão da greve dos aeroviários e aeronautas, marcada para hoje. O ministro disse que, durante as negociações salariais da categoria, faltou “capacidade de diálogo” das empresas aéreas, o que poderia ter evitado a mobilização pela greve. A decisão de suspender a greve foi tomada depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que 80% dos trabalhadores do setor mantenham-se em atividade até 2 de janeiro de 2011.
Segundo o ministro, independentemente da greve, os passageiros deverão enfrentar algum desconforto nos aeroportos neste verão, devido ao grande fluxo de pessoas que procuram viagens aéreas no período.