Para o senador, DEM vai aderir ao "projeto de nação" de Serra (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Cuiabá - Assumindo a postura de candidato, o senador paranaense, Álvaro Dias, candidato a vice na chapa do José Serra (PSDB) a Presidente da República, endureceu o discurso contra o governo Lula, neste sábado, durante a convenção do partido em Cuiabá (MT) que homologou o nome de Wilson Santos (PSDB) candidato a governo de Estado. "Tenho recebido recomendação do partido e do Serra. Já me sinto em campanha", disse ele.
Álvaro Dias disse também que o endurecimento adotado durante discurso de críticas ao governo Lula já faz parte de sua postura no Parlamento. "Mas vou seguir o tom do Serra. Ele é que vai comandar. Cada campanha tem a estratégia que deve ser obedecida. E serei leal e absolutamente fiel ao Serra. Estarei como coadjuvante como tantos outros no Brasil dando suporte a esse projeto", acrescentou.
Em Cuiabá, Álvaro Dias voltou a afirmar que continua candidato a vice na chapa do José Serra apesar da posição do DEM. "Isso valoriza o DEM. É parte do jogo democrático. O DEM é um partido importante na aliança. É legítimo que postule a indicação de um nome, mas certamente a prioridade é o projeto maior. Isso é que vai motivar o DEM a aceitar eventuais ponderações que possam ser feitas pelo PSDB, pelo candidato José Serra e o Sérgio Guerra".
O senador disse que acredita em um entendimento. "O DEM estará como está hoje inteiramente alinhado ao projeto de Nação comandado pelo José Serra ". Sobre uma possível saída da condição de vice por ameaça da aliança com a saída do DEM, o senador paranaense, disse que "na verdade foi advertido pela Executiva do Partido". O senador declarou na sexta-feira em Cuiabá que caso o DEM se mantenha irresistível quanto á iniciação do seu nome preferia ceder a vaga do que perder a sigla democrata no arco de alianças. "Se o DEM tiver que sair, saio eu".
Neste sábado, o senador disse que o cargo de vice não foi postulado e reivindicado por ele portanto ele não pode sair. "Não advoguei em causa própria. Fui convocado. Aceitei e, portanto, não tenho direito de abrir mão ou ser intransigente. Minha posição é a do PSDB e principalmente do José Serra. Já está determinado deste forma e desta forma deve caminhar. Não sai eu e nem o DEM", disse.
Segundo ele, na reunião com os democratas de Mato Grosso teria percebido que a rejeição não é unanimidade dentro do DEM. "Tenho ouvido estímulos de democratas. Não há uma intransigência do DEM. Como houve recuo do Aécio Neves, o DEM voltou a postular a vice na chapa do Serra. É democrático eles postularem a vaga de vice. Mas acredito no entendimento".
Durante o discurso, o senador paranaense disse que o "governo Lula usa a mentira como a arma para esconder suas falcatruas". Ainda segundo ele, "o governo Lula alimenta a si próprio com o dinheiro do povo". Para encerrar, o senador afirmou que o que se tem hoje tem que ser remetido ao passado: "a estabilidade econômica se deve ao Real do governo do PSDB. A semente foi implantada pelo PSDB".