O "Diamante Esperança", em exposição nos EUA, tem metade do tamanho do mineral roubado (Wikimedia Commons/350z33)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2010 às 16h13.
Nova York - Uma loja de joias da Quinta Avenida, em Manhattan, e uma empresa de mineração da África do Sul lutam nos tribunais de Nova York por um diamante de 68 quilates extraído no país africano e que um canadense levou e vendeu irregularmente nos Estados Unidos.
Segundo a edição de hoje do diário "New York Post", o périplo deste diamante amarelo, que é 50% maior que o lendário 'Diamante Esperança' - o maior e mais famoso diamante azul do mundo, que pertenceu à Coroa francesa - começou em setembro.
Então, a empresa sul-africana Higgs aceitou vender ao empresário Dennis van Kerrebroeck por US$ 3,3 milhões uma impressionante pedra bruta de 143 quilates extraída no país.
O comprador e um representante da empresa vendedora viajaram de Genebra (Suíça) para Nova York no mesmo avião para fazer sua importação. Ao chegar ao aeroporto da cidade americana, Van Kerrebroeck declarou a pedra à Alfândega americana.
O empresário disse ao representante da Higgs que a Alfândega reteria a peça enquanto um inexistente problema de documentação seria resolvido. Na realidade, ele contratou os serviços de outra companhia para que o ajudasse a fechar a importação da peça.
Assim, Van Kerrebroeck ficou com o diamante, enganou a Higgs e saiu de loja em loja por Nova York até que a Taly Diamonds, na Quinta Avenida, que o comprou por US$ 1 milhão.
O empresário fugiu imediatamente, enquanto os responsáveis da loja o cortaram para criar um diamante similar em tamanho à famosa pedra de 69,42 quilates que Richard Burton deu em 1972 para sua então esposa, Elizabeth Taylor.
No entanto, a Taly Diamonds não teve tempo de vendê-lo porque as autoridades federais localizaram a pedra e a apreenderam. Agora, a Higgs e a loja estão em uma disputa nos tribunais para determinar de quem é a pedra, enquanto seu único beneficiado, Van Kerrebroeck, permanece em paradeiro desconhecido.