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Diálogo fracassará se oposição mantiver linha, diz governo

Governo disse que negociações de paz fracassarão se oposição continuar insistindo em abordar a formação de um órgão de governo de transição


	Vice-chanceler da Síria, Faisal Mekdad: governo está disposto a "discutir sobre todos os temas do Comunicado de Genebra, mas de forma sistemática", disse
 (Reuters)

Vice-chanceler da Síria, Faisal Mekdad: governo está disposto a "discutir sobre todos os temas do Comunicado de Genebra, mas de forma sistemática", disse (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 13h27.

Genebra - O governo sírio afirmou nesta quarta-feira que as negociações de paz fracassarão se a delegação de oposição continuar insistindo em abordar de forma prioritária o plano de formação de um governo para dirigir a transição política na Síria.

O vice-ministro sírio de Relações Exteriores, Faisal Makdad, disse aos jornalistas que seu governo está disposto a "discutir sobre todos os temas do Comunicado de Genebra (documento no qual se baseiam as negociações), mas de forma sistemática, na ordem em que aparecem".

A transição política é o sexto ponto desse documento, no qual a cessação das hostilidades - assunto que a delegação do governo dá prioridade - aparece em primeiro lugar.

Makdad acusou a oposição de "fazer um mau uso da agenda" por ter começado o discurso durante a sessão de hoje falando sobre o órgão de governo transitório para a Síria.

"Eles não têm a intenção de combater o terrorismo", declarou.

Informou também que durante a reunião com a delegação de oposição, com a mediação do enviado da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, o regime sírio apresentou "um relatório integral sobre os massacres realizados nos três últimos dias por grupos armados".

Nos últimos dias houve o ataque a uma comunidade alauita (minoria à qual pertence a família do presidente sírio, Bashar al Assad, e vários de colaboradores mais próximos), em que morreram dezenas de civis, confirmou a ONU.

Por outro lado, Makdad voltou a dar a entender que a saída do poder de Assad não é uma questão que sua delegação esteja disposta a discutir.

"Pôr ênfase em discutir qualquer coisa que esteja fora do Comunicado de Genebra é uma receita para o desastre e para o fracasso", advertiu o vice-ministro. 

*Atualizada às 14h26 do dia 12/02/2014

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