Dia Internacional da Mulher (Jacob Ammentorp Lund/Thinkstock)
Gabriela Ruic
Publicado em 8 de março de 2017 às 10h30.
Última atualização em 8 de março de 2017 às 10h32.
São Paulo – No Dia Internacional da Mulher, 26% das mulheres em todo o mundo têm medo de defender seus direitos e lutar pela igualdade de gêneros. Além disso, 18% da população mundial crê que as mulheres são inferiores aos homens.
Essas estatísticas são fruto de uma pesquisa global sobre feminismo divulgada pela Ipsos e que foi realizada em 24 países. Os números, compilados entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017, não deixam dúvidas de que a igualdade de gênero é um objetivo longe de ser alcançado.
A questão do medo em falar publicamente em defesa dos direitos das mulheres foi um dos temas que a pesquisa abordou. Em todo o mundo, 24% das pessoas disse ter receio de tocar no assunto. A Índia é o país que reúne a maior percentagem de entrevistados com esse temor (50%), seguida da Turquia (39%) e do Brasil (36%).
A cada 10 mulheres no mundo, quatro consideram não ter os mesmos direitos dos homens ou a liberdade para alcançar seus sonhos. E são as mulheres na Espanha, Japão, Coreia do Sul e Turquia as que mais discordam completamente da ideia de que existe igualdade em seus países. Veja abaixo:
Curiosamente, 88% dos entrevistados em nível global disse acreditar que mulheres e homens deveriam ter as mesmas oportunidades. No entanto, 72% dessas pessoas avalia que essa igualdade não existe. Essa percepção é maior entre mulheres que entre homens: quase 80% delas crê que a desigualdade é uma realidade contra cerca de 65% deles.
Quando o tema é o feminismo, que a pesquisa considera ser a ideia de que mulheres e homens devem ter oportunidades iguais, 58% dos entrevistados se declarou “feminista”, entre pessoas de todos os sexos. Veja abaixo quais países mais apoiam essa igualdade, pelo menos no discurso:
Aqui, no entanto, o estudo traz uma incoerência interessante. Enquanto Índia e China são os países “mais feministas” (com 83% e 74% das pessoas se designando dessa forma), há uma parcela considerável de pessoas que acredita que os homens são mais capazes que as mulheres: 56% e 48%, respectivamente.