Refugiada rohingya em Bangladesh (Paula Bronstein/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 8 de março de 2018 às 06h00.
Última atualização em 8 de março de 2018 às 10h42.
São Paulo – Em pleno Dia Internacional da Mulher, 8 de março, dados compilados por organizações internacionais como Organização das Nações Unidas e Organização Mundial da saúde pintam um retrato sombrio sobre a situação global das mulheres atualmente e mostram que há pouco a ser comemorado no contexto internacional.
Elas representam 49,5% da população mundial, segundo o Banco Mundial, e 70% delas será vítima de violência em algum momento da vida. Embora a violência, especialmente a perpetrada por parceiros, seja um tema urgente, os obstáculos enfrentados por mulheres e meninas invadem outras áreas da vida, como a educação e a saúde.
Abaixo, o site EXAME reuniu alguns dados que mostram esse panorama.
Mulheres entre 15 e 44 anos estão mais sujeitas ao estupro e violência doméstica do que ao câncer e à guerra.
38% dos homicídios de mulheres são cometidos por parceiros.
Na Suíça, 22,3% das mulheres já sofreram com violência sexual.
Na República Democrática do Congo, assolado por conflitos armados, 1.100 estupros são registrados por mês.
140 milhões de mulheres e meninas foram vítimas de mutilação genital.
80% das pessoas vítimas de tráfico humano são do sexo feminino.
62 milhões de meninas não tem acesso à educação.
Há 799 milhões de analfabetos no mundo. 2/3 deles são mulheres.
Se todas as mulheres da África Subsaariana tivessem ensino médio, casos de casamento infantil cairiam em 64%.
A expectativa de vida das mulheres é de mais de 80 anos em 46 países. Na África, essa expectativa cai para 58 anos
Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de mulheres no mundo.
Todos os anos, cerca de 300 mil mulheres morrem durante o parto. 99% dos casos estão em países em desenvolvimento.
Há 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV. 19,4 milhões delas estão na África Oriental e Austral e 59% dessas pessoas são mulheres e meninas.