Police blocks a street near Schwedenplatz square after exchanges of gunfire in Vienna, Austria November 2, 2020. REUTERS/Lisi Niesner (Lisi Niesner/Reuters)
Thiago Lavado
Publicado em 2 de novembro de 2020 às 18h35.
Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 07h24.
Quinze pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira, 2, em Viena, na Áustria, em meio a um tiroteio que aconteceu no centro da cidade, informou a polícia local no Twitter. Pouco antes um jornal local havia afirmado que houve um ataque em uma sinagoga local.
De acordo com as informações oficiais, por volta das 20h aconteceram disparos na região de Seitenstettengasse, que foram realizados por várias pessoas portando rifles.
O chanceler austríaco, Sebastian Kurz descreveu o tiroteio como um "repulsivo atentado terrorista". O chanceler agradeceu às forças policiais e de emergência, que estão na busca pelos terroristas.
CONFIRMED at the moment:
*08:00 pm: several shots fired, beginning at Seitenstettengasse
*several suspects armed with rifles
*six different shooting locations
* one deceaced person, several injured (1 officer included)
*1 suspect shot and killed by police officers #0211w— POLIZEI WIEN (@LPDWien) November 2, 2020
O governo austríaco informou na manhã desta terça-feira, 3, que quatro pessoas morreram após um ataque a tiros no centro de Viena na noite da véspera. O ministro do Interior do país, Karl Nehammenr, disse que dois homens e uma mulher morreram após serem atingidos por tiros. Um dos suspeitos do ataque, que estava carregando um rifle e um falso cinturão suicida, acabou morto pela polícia.
Nehammer afirmou que investigações iniciais revelaram que o suspeito morto tem ligações com o grupo extremista Estado Islâmico. O ministro, no entanto, não revelou a identidade do homem e não deu informações sobre os demais suspeitos de participação no ataque.
O governo pediu que os habitantes de Viena permanecessem em casa nesta terça, já que a investigação do caso e a busca dos suspeitos seguiam em andamento.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu no Twitter que a "Europa é totalmente solidária com a Áustria. Somos mais fortes que o ódio e o terror".
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira que o "terrorismo islamita é nosso inimigo comum" e que a luta contra ele também é "nosso combate comum". A Alemanha reforçou os controles na fronteira com a Áustria.
O atentado em uma cidade com nível de criminalidade muito reduzido acontece em um momento de tensão na Europa.
Na França, três pessoas foram assassinadas na quinta-feira em um ataque com faca na basílica de Nice por um jovem tunisiano que acabara de chegar ao continente.
Poucos dias antes, um professor, Samuel Paty, foi decapitado perto da escola em que trabalhava nas proximidades de Paris, depois de mostrar caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão, um crime que chocou a França e boa parte do mundo.
A Áustria permaneceu relativamente à margem dos atentados islamitas que afetaram a Europa nos últimos anos. Em março de 2018, um jovem, simpatizante islamita segundo a polícia, atacou um membro das forças de segurança diante da embaixada do Irã em Viena antes de ser morto.
Em junho de 2017, um jovem nascido na Tunísia matou um casal de idosos em Linz porque desejava denunciar que se sentia discriminado por ser estrangeiro e muçulmano.