Ocupação militar: Observatório destacou que as famílias de Afrin são acossadas pelos soldados turcos e as facções insurgentes sírias (Khalil Ashawi/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de abril de 2018 às 16h10.
Dezenas de civis estão em paradeiro desconhecido após terem sido detidos pelas forças turcas e facções rebeldes sírias pró-Ancara na região de Afrin, no noroeste da Síria, informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A fonte destacou que as tropas turcas e seus aliados invadiram casas de civis da zona de Afrin, no noroeste da província setentrional síria de Aleppo, e os capturaram sob a acusação de colaborar com as milícias curdas e o Partido da União Democrática (PYD, por sua sigla em curdo).
O PYD é a principal formação política curdo-síria e o seu braço armado, as Unidades de Proteção Popular (YPG), controlavam o enclave de Afrin até que a Turquia iniciou uma ofensiva nessa área em janeiro que culminou com a tomada de controle da cidade homônima em 18 de março.
Ancara considera as YPG terroristas pelos seus vínculos com a guerrilha curda ativa em seu território, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O Observatório destacou que as famílias que permanecem em Afrin são acossadas pelos soldados turcos e as facções insurgentes sírias e muitas delas tratam de abandonar a região para se dirigir a outras áreas do norte de Alepo.
A fonte lembrou que o Exército turco e seus aliados saquearam as moradias e propriedades dos moradores de Afrin.