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Detidos por assassinato de candidato à presidência do Equador são colombianos

Fernando Villavicencio, segundo colocado nas intenções de voto para as eleições gerais, foi assassinado a tiros na quarta-feira à noite, em Quito, durante um comício

Fernando Villavicencio: candidato à presidência do Equador foi morto nesta quarta-feira, 9.  (Rodrigo BUENDIA / AFP/Getty Images)

Fernando Villavicencio: candidato à presidência do Equador foi morto nesta quarta-feira, 9. (Rodrigo BUENDIA / AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 08h16.

Os seis detidos pelo assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio são colombianos, assim como um suposto agressor que morreu na noite de quarta-feira após uma troca de tiros com as forças de segurança, informou a polícia na quinta-feira (10).

"Todos, incluindo o falecido, são colombianos", informou a polícia, consultada pela AFP.

Anteriormente, o ministro do Interior, Juan Zapata, só havia informado à imprensa que os detidos eram estrangeiros.

Ele também disse durante uma entrevista coletiva na capital, Quito, que "os detidos pertencem a grupos de crime organizado", sem identificar a nenhuma das quadrilhas com ligações com o tráfico de drogas que operam no país.

Villavicencio, segundo colocado nas intenções de voto para as eleições gerais antecipadas de 20 de agosto, foi assassinado a tiros na quarta-feira à noite, em Quito, ao fim de um comício.

Seu corpo é velado de maneira íntima por sua família em uma casa funerária no norte de Quito.

Homem chora após o ataque que matou o candidato à presidência do Equador em Quito. (STR/Getty Images)

O presidente Guillermo Lasso declarou um estado de exceção de 60 dias em todo o Equador a fim de mobilizar as forças armadas e garantir o processo eleitoral.

O presidente também ordenou três dias de luto nacional pelo assassinato de Villavicencio, um ex-jornalista e ex-deputado de 59 anos que tentava chegar pela primeira vez à Presidência.

Durante a captura e as buscas, a polícia encontrou um fuzil, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo reportado como roubado.

Lasso anunciou nesta quinta que o FBI, a polícia federal americana, vai apoiar o Equador nas investigações sobre o homicídio do candidato, que no passado trouxe à tona casos de corrupção, incluindo o que levou à prisão o ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).

Localizado entre Colômbia e Peru - os principais produtores mundiais de cocaína -, o Equador apreendeu em 2021 o recorde anual de 210 toneladas de drogas. No ano seguinte, foram 201 toneladas. E entre janeiro e julho de 2023, já foram confiscadas 122 toneladas.

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