Tributo a Jo Cox: Jo Cox foi levada ao hospital de Leeds após o ataque de ontem, mas não resistiu e morreu (Neil Hall / Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2016 às 08h21.
Londres - Tommy Mair, detido na cidade de Birstall, no norte da Inglaterra, suspeito da morte da deputada pró-União Europeia Jo Cox, é um homem solitário, desempregado e com problemas de saúde mental, informaram nesta sexta-feira os veículos de imprensa britânicos.
Mair, de 52 anos, foi detido pela polícia no local onde Cox foi esfaqueada e baleada ontem, perto da biblioteca de Birstall, onde a parlamentar tinha realizado reuniões periódicas com eleitores de seu distrito, o de Batley & Spen.
Segundo testemunhas, Mair vive em uma pequena casa concedida pela prefeitura de Fieldhead, a 1,6 quilômetros do lugar onde Jo Cox foi assassinada na tarde de ontem.
O homem jamais teve um emprego em tempo integral, mas ajudava os vizinhos em trabalhos de jardinagem. Eles relataram que Mair parecia ser uma pessoa tranquila e solidária.
O irmão, Scot Mair, de 49 anos, contou que Tommy Mair não tinha interesse em política, não era racista e nem violento, mas explicou que ele tinha um histórico de doença mental.
"Eu não posso acreditar no que aconteceu. Ele tinha antecedentes de doença mental, mas recebia ajuda. Chorei quando soube (do ocorrido). Eu chorei quando ouvi (o que aconteceu). Eu sinto muito pela (deputada) e sua família", declarou Scot Mair.
Tommy Mair tinha trabalhado como voluntário em um colégio para crianças com incapacidade em Dewsbury, no condado de West Yorkshire, no norte da Inglaterra, e apresentava transtorno obsessivo com a higiene pessoal.
A vizinha de Mair, Kathleen Cooke, de 62 anos, contou aos jornais britânicos que o homem sempre usava um boné branco e uma mochila.
Jo Cox, mãe de dois filhos pequenos, foi levada ao hospital de Leeds após o ataque de ontem, mas não resistiu e morreu devido aos graves ferimentos sofridos.