Abdullah al Senussi, considerado braço direito do ditador Kadafi (foto) (Khaled Desouki/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2012 às 09h38.
Nouakchott - O diretor da inteligência militar do regime de Muammar Kadafi, Abdullah al Senussi, considerado braço direito do ditador, foi detido na sexta-feira à noite no aeroporto de Nouakchott, informaram neste sábado à Agência Efe fontes de segurança da capital da Mauritânia.
Senussi chegou em voo a partir de Casablanca, no Marrocos, por volta da meia-noite (21h de Brasília) e viajava com passaporte malinês, revelou uma fonte extraoficial.
A agência de imprensa oficial mauritana já confirmou a detenção de Senussi.
Desde 27 de junho está em vigor uma ordem de detenção contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de lesa-humanidade cometidos na Líbia a partir de fevereiro de 2011 durante as revoltas de insurgentes nesse país norte-africano.
Como diz o texto da ordem de detenção, Senussi teria sido o 'executor indireto' dos crimes, os quais foram cometidos sob sua responsabilidade de comando 'especialmente em Benghazi, entre 15 e 20 de fevereiro de 2011'.
A mesma ordem de prisão foi emitida contra o filho de Muammar Kadafi, Seif al Islam.
Em novembro, as autoridades líbias anunciaram que Senussi e Seif haviam sido detidos no sul da Líbia, o que foi desmentido horas depois. Desde então, não se sabia notícias deles, por isso que a chegada deste primeiro a Nouakchott ainda é um enigma a ser desvendado.
O TPI tem competência para julgar crimes sempre e quando os envolvidos não estejam sendo procurados pelas autoridades judiciais nacionais.
A Mauritânia não está entre os países signatários do Tratado de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional. EFE