Cidade histórica de Palmira, no deserto da Síria, a nordeste de Damasco. (REUTERS/Khaled al-Hariri)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 09h46.
A destruição do sítio arqueológico de Palmira, declarado patrimônio histórico pela Unesco, seria uma "enorme perda para a humanidade", alertou a diretora da organização, depois que os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) assumiram o controle da cidade.
"Palmira é um extraordinário patrimônio da humanidade no deserto e qualquer destruição ocorrida em Palmira seria não apenas um crime de guerra, mas também uma enorme perda para a humanidade", disse Irina Bokova em um vídeo publicado pela organização, que tem sede em Paris.
Bokova acrescentou que está "extremamente preocupada" com os últimos acontecimentos e reiterou o pedido por um iminente cessar-fogo e uma retirada das forças militares.
"Afinal de contas, trata-se do berço da civilização humana. Pertence a toda a humanidade e acredito que todos deveriam ficar preocupados com o que está acontecendo", completou a diretora da Unesco.
Nesta quinta-feira, o EI assumiu o controle total da cidade, o que provoca o grande temor da destruição do sítio arqueológico e de seus valiosos monumentos.
Os jihadistas já destruíram outros tesouros arqueológicos desde que declararam um "califado" ano passado no Iraque e na Síria.
Bokova fez um apelo à comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança da ONU e líderes religiosos, para que exija o fim da violência.
"É importante porque estamos falando do nascimento da civilização humana, estamos falando de algo que pertence a toda a humanidade", ressaltou a diretora da Unesco.