China e EUA: ais operações são consideradas fundamentais para a Marinha dos EUA manter sua presença no Indo-Pacífico, onde a China aumentou sua presença por meio de uma campanha de construção de navios (Marinha dos Estados Unidos/Divulgação/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2022 às 10h37.
Última atualização em 13 de julho de 2022 às 10h39.
A Marinha dos Estados Unidos navegou um destróier perto de Ilhas controladas pela China no Mar do Sul da China nesta quarta-feira 13, no que Washington disse ser um patrulha destinada a reafirmar a liberdade de navegação pela via marítima estratégica.
O destróier de mísseis guiados USS Benfold passou pelas Ilhas Paracel e continuou posteriormente com operações na região. A operação "reservou os direitos, liberdades e usos lícitos do mar", segundo comunicado divulgado pela 7ª frota.
Tais operações são consideradas fundamentais para a Marinha dos EUA manter sua presença no Indo-Pacífico, onde a China aumentou sua presença por meio de uma campanha de construção de navios.
Em resposta à passagem do Benfold, o Comando do Teatro do Sul da China rastreou os movimentos da embarcação e a ordenou que deixasse a área, de acordo com o Ministério da Defesa chinês. "Nossas tropas na área militar estão em alerta máximo em todos os momentos para salvaguardar soberania nacional, segurança e paz e estabilidade no Mar do Sul da China", disse o ministério.
Pequim também alarmou EUA, Austrália e Nova Zelândia com a assinatura de um acordo de defesa mútua com as Ilhas Salomão, que poderia receber tropas chinesas em emergências e possivelmente estabelecer uma presença militar do país asiático.
A China reivindica a propriedade de praticamente toda a região marítima, por meio da qual passa cerca de US$ 5 trilhões em comércio global a cada ano e que detém estoques de peixes altamente valiosos e recursos minerais submarinos. Filipinas, Brunei, Malásia, Vietnã e Taiwan também reivindicam a região.
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