Mata Atlântica perdeu o equivalente a mais de 13 mil campos de futebol no período por conta de práticas ilegais de desflorestamento (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2012 às 14h41.
São Paulo - A nova edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta terça-feira (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), trouxe uma boa notícia para os brasileiros: entre 2010 e 2011, o bioma perdeu 133 km² de floresta, o que representa um queda de 57% no desmatamento da região, com relação ao último período de medição, entre 2008 e 2010, quando 311 km² de área foram devastados.
A redução nas práticas ilegais de desflorestamento se deram, principalmente, nos estados de Goiás, Paraná e Rio de Janeiro, que apresentaram desmatamento inferior a 1 km² no período avaliado.
Já os estados que aparecem no ranking do Atlas como os "maiores inimigos" do bioma, entre 2010 e 2011, são Minas Gerais e Bahia, que desmataram 63 e 46 km², respectivamente, no período analisado. No último levantamento divulgado pelas organizações, referente a 2008-2010, os dois estados também foram os campeões de desflorestamento no bioma.
O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica avaliou 10 dos 17 estados brasileiros que abrigam parte do bioma, por conta da cobertura de nuvens.
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, nos últimos 25 anos, o bioma perdeu cerca de 17.350 km² - o equivalente a quase três vezes o tamanho do Distrito Federal -, ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerarmos os remanescentes florestais com fragmentos acima de 100 hectares, que são representativos para a conservação da biodiversidade.