Louay al-Safi, porta-voz da Coalizão Nacional Síria, fala durante coletiva de imprensa, em Istambul (Akin Celiktas/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2013 às 13h46.
Istambul - Os esforços diplomáticos se intensificaram nesta terça-feira para resolver uma crise na oposição síria que ameaça tirar dos trilhos os planos para uma conferência de paz e privar a aliança dominada por islamitas de um apoio internacional.
Depois de seis dias de conversações em Istambul, a Coalizão Nacional Síria composta por 60 membros não conseguiu chegar a um acordo sobre a maior participação de um bloco da oposição liberal, para o desespero da Europa Ocidental e alguns apoiadores árabes interessados em reduzir a influência dos militantes islâmicos.
Mais de dois anos depois do início da revolta contra o presidente Bashar al-Assad, a desordem levanta questões sobre a capacidade da oposição em concordar com qualquer tipo de governo de transição inclusivo e pode reforçar a influência de Assad antes de uma conferência de paz apoiada pelos EUA e a Rússia, prevista para os próximos semanas.
Os desacordos também vêm no mesmo momento em que forças de Assad recuperam terreno dentro da Síria, com a luta travada em torno da cidade fronteiriça estratégica de Qusair e na capital Damasco nos últimos dias, enquanto as nações ocidentais permanecem divididas sobre o fornecimento de armas aos rebeldes.
A Rússia e os Estados Unidos estão tentando juntar representantes de Assad e da oposição em uma conferência em meados de junho, em Genebra, o primeiro esforço diplomático sério em quase um ano para acabar com uma guerra que já matou mais de 80 mil.
O governo da Síria disse que vai participar, mas a oposição rebelde ainda não foi confirmada, potencialmente um grande embaraço para Washington e outros apoiadores da aliança.