Fila em agência de empregos na Espanha, que foi novamente o país da Eurozona com maior taxa de desemprego (22,8%) (Cristina Quicler/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2011 às 07h47.
Bruxelas - O índice de desemprego ficou em outubro em 10,3% na zona do euro e em 9,8% no conjunto da União Europeia (UE), nos dois casos 0,01% a mais que no mês anterior e os números mais elevados ao longo do ano.
Pelos dados publicados nesta quarta-feira pelo escritório comunitário de estatística, o Eurostat, quase 23,6 milhões de pessoas estão desempregadas na UE, 16,3 milhões são moradores dos países da zona do euro.
Por países, a Espanha, com taxa de 22,8%, obteve maior nível de desemprego, seguido pela Grécia, com 18,3% (dado de agosto de 2011) e Letônia, com 16,2% no segundo trimestre deste ano.
No outro extremo, a Áustria liderou a lista dos estados-membros com menor desocupação, 4,1%, números similares aos de Luxemburgo, com 4,7%, e Holanda, com 4,8%.
Em termos anualizados, 12 países da UE conseguiram diminuir a taxa de desemprego, que aumentou em 15.
Estônia conseguiu reduzir o desemprego em 4,8 pontos percentuais, para 11,3%, entre o terceiro trimestre de 2010 e de 2011, enquanto na Lituânia o percentual recuou 3,3 pontos no mesmo período.
Por outro lado, o desemprego cresceu na Grécia 5,4 pontos entre agosto deste ano e do ano passado, o maior aumento entre os 27, seguido pelo incremento de 2,3 pontos na Espanha entre outubro de 2011 e o mesmo mês do ano anterior.
Por gênero, o desemprego entre os homens aumentou de 9,9% para 10% na zona do euro, e de 9,6% para 9,7% no global da UE.
O desemprego feminino foi maior, subiu de 10,4% para 10,6% nos países que compartilham o euro e de 9,7% para 9,9% no conjunto da União.
Além disso, em outubro houve crescimento no desemprego entre os jovens em termos anualizados, de 20,6% para 21,4% na eurozona e de 20,9% para 22% na UE.
Quase 5,5 milhões de jovens (menores de 25 anos) estão em situação de desemprego na UE e 3,3 milhões na zona do euro.
Pelos cálculos do Eurostat, 222 mil jovens perderam emprego entre outubro de 2010 e outubro de 2011 nos 27 países, 141 mil deles nos países que compartilham o euro.
Espanha e Grécia, com 48,9% e 45,1%, respectivamente, foram os dois europeus com maiores níveis de desemprego juvenil, dados bem superiores aos da Holanda (8,2%) e Alemanha (8,5%), os países as taxas mais baixas.