Mundo

Derrotado nas eleições, Futuh apoia Musi para proteger país

No segundo turno do pleito, entre 16 e 17 de junho, os egípcios terão que escolher entre Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, e o general reformado Ahmed Shafiq

Futuh, que ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 17% dos votos, também propôs em seu plano a formação de um governo e de uma Assembleia Constituinte de consenso (John Moore/ Getty Images)

Futuh, que ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 17% dos votos, também propôs em seu plano a formação de um governo e de uma Assembleia Constituinte de consenso (John Moore/ Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 13h23.

Cairo - O político islamita moderado Abde Moneim Abul Futuh, derrotado no primeiro turno das eleições presidenciais egípcias, condicionou nesta quinta-feira seu apoio ao candidato islamita Mohammed Mursi na segunda etapa, à formação de um governo de coalizão liderado por um independente.

No segundo turno do pleito, entre 16 e 17 de junho, os egípcios terão que escolher entre Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, e o general reformado Ahmed Shafiq, último primeiro-ministro da era do presidente deposto Hosni Mubarak (1981-2011).

Em comunicado publicado em seu site oficial, Futuh, um islamita moderado ex-membro da Irmandade Muçulmana, disser ter um plano de quatro pontos que promove a união e 'protege a pátria dos riscos', diante das tentativas de 'sequestro da revolução'.

Futuh, que ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 17% dos votos, também propôs em seu plano a formação de um governo e de uma Assembleia Constituinte de consenso. Além disso, ele indica que o Executivo deverá ser liderado por uma personalidade de fora do majoritário Partido Liberdade e Justiça (PLJ), de Mursi, enquanto os ministérios importantes, pelos tecnocratas.

Quanto à comissão que deverá redigir a nova Constituição, Futuh exigiu uma reflexão sobre a diversidade social e uma percentagem considerável de juristas e especialistas constitucionais e pediu que a Assembleia Constituinte seja formada antes do segundo turno e emita suas resoluções com um acordo de dois terços dos membros.


O político também solicitou a designação de dois vice-presidentes com poderes definidos, que componham junto ao chefe de Estado a instituição presidencial, de forma a evitar que uma pessoa só centralize o poder, como durante o mandato de Mubarak.

Além disso, seu plano estipula que o presidente deve anunciar sua independência de qualquer partido político. No entanto, Mursi é o candidato do PLJ.

Os candidatos presidenciais derrotados, entre eles Futuh, o esquerdista Hamdin Sabahi, e o ex-secretário-geral da Liga Árabe Amre Moussa, estão realizando uma série de reuniões nesta semana para alcançar uma postura unificada.

Todos rejeitaram apoiar Shafiq, por considerá-lo membro do antigo regime, mas condicionam o apoio a Mursi, por causa do temor de que a Irmandade Muçulmana controle todas as esferas do poder.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoEleiçõesIrmandade MuçulmanaMohamed MursiPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal