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Derramamento de sangue aumenta oposição, dizem islamitas

Irmandade Muçulmana disse que derramamento de sangue aumentará oposição ao regime egípcio


	Partidários e opositores de Mohamed Mursi se enfrentam no Egito: sangue "aumentará a insistência do povo egípcio para acabar com o golpe militar", dizem islamitas
 (Amr Abdallah Dalsh /Reuters)

Partidários e opositores de Mohamed Mursi se enfrentam no Egito: sangue "aumentará a insistência do povo egípcio para acabar com o golpe militar", dizem islamitas (Amr Abdallah Dalsh /Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 14h55.

Cairo - A Irmandade Muçulmana disse nesta sexta-feira que o derramamento de sangue "aumentará a insistência do povo egípcio para acabar com o golpe militar" que depôs o presidente, o islamita Mohamed Mursi.

Em comunicado divulgado após os violentos choques registrados no Egito, a confraria afirmou que nunca o país viveu uma tragédia similar, criada "por parte dos mais perigosos inimigos".

"Estes crimes aumentam as diferenças, que a princípio eram políticas e depois viraram sangue", sustentaram a Irmandade, para quem "os golpistas perderam a razão e os valores e princípios".

Os islamitas consideram que para eles "não há mais caminho para atuar" contra o golpe "porque a vontade do povo não pode ser quebrada".

Para os Irmandade Muçulmana, o objetivo do Exército não é desmantelar os acampamentos, como fizeram as forças de segurança na quarta-feira passada causando a morte de pelo menos 578 pessoas, mas "submeter e humilhar o povo egípcio sob um regime militar".

Além disso, a Irmandade criticou a autorização do Governo para que as forças da ordem empreguem fogo real contra os manifestantes violentos, e os supostos interesses pessoais de que "desejam se parecer com Muammar Kadafi ou Bashar al Assad".

Os islamitas denunciaram a morte de mais de 50 pessoas hoje nos choques entre partidários e opositores do deposto presidente Mursi no bairro de Ramsés, no centro do Cairo, enquanto seguem os enfrentamentos em outras zonas do país.

Os partidários de Mursi protestam pelo recente desmantelamento de seus dois acampamentos na capital e pelo golpe de Estado que em 3 de julho depôs o líder islamita.

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