Estudantes protestam em Toulouse contra reforma da previdência do governo Sarkozy
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2010 às 14h46.
Paris - Os deputados franceses aprovaram hoje de forma definitiva a alteração na idade da aposentadoria, que ainda deve ser sancionada pelo presidente Nicolas Sarkozy.
O texto, sobre o qual o Tribunal Constitucional ainda precisa se pronunciar por conta de um recurso do Partido Socialista, recebeu 336 votos a favor de conservadores e centristas e 233 contra da oposição de esquerda.
A aprovação da nova lei pôs fim a uma maratona parlamentar na Assembleia Nacional e no Senado e esteve acompanhada de mobilizações sindicais e de diversas interrupções em setores estratégicos, como transportes e refinarias.
Para poder entrar em vigor, o texto deve passar por dois últimos trâmites, o recurso dos socialistas ao Tribunal Constitucional, sua tentativa final de barrar a lei, e a sanção de Sarkozy, que pode ocorrer em meados de novembro.
Com esta iniciativa, o presidente francês faz a reforma que considerou como a principal de seu mandato e que atrasa a idade mínima legal de aposentadoria de 60 para 62 anos e de 65 para 67 para as pensões integrais caso o contribuinte não tenha trabalhado o número de anos necessário.
A mudança, bastante impopular no país segundo as pesquisas, será aplicada de forma progressiva e, segundo o Governo, solucionará os problemas do sistema previdenciário francês.
Enquanto a oposição apostava em outras fórmulas, os sindicatos acusavam a reforma de "injusta" e de que estava sendo adotada sem diálogo social. Por conta disso, convocaram para esta quinta-feira a 11ª jornada de protestos desde que começaram a levar às ruas o seu descontentamento com o projeto de lei, em março.