Em sua opinião, sua cessação foi ''uma medida preventiva'' por parte dos ''poderosos'' políticos (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2012 às 19h17.
Londres - A deputada britânica Nadine Dorries, que perdeu seu cargo após decidir participar do reality ''I''m a Celebrity...Get me Out of Here!'' (A Ilha dos famosos), pediu para voltar ao Parlamento nesta quinta-feira depois de ter sido eliminada recentemente do programa de TV.
A deputada, que em uma ocasião chamou o primeiro-ministro, David Cameron, de ''playboy arrogante'', foi suspensa este mês da política por ter deixado o Reino Unido sem comunicar seus companheiros de partido que participaria desse programa durante uns 30 dias.
Em entrevista à emissora britânica ''ITV'', a mesma que transmite o reality, Nadine afirmou que havia ''montado um escritório'' em seu quarto de hotel na Austrália, onde está atualmente, e que ''está trabalhando como deputada'' à distância, embora tenha sido suspensa de seu partido no início do mês.
Segundo Nadine, ela teria ''pedido permissão para se ausentar por um mês'' ao então responsável parlamentar dos conservadores Andrew Mitchell, ''depois ter passado sete anos sem um dia livre no Parlamento'', embora tenha reconhecido que não lhe disse aonde ia.
''Não lhe disse para o que era porque não podia, tinha assinado um acordo de confidencialidade. Mas, disse que o que eu ia fazer seria bastante controvertido'', explicou a polêmica deputada conservadora.
Além disso, Nadine também questionou a decisão do Partido Conservador de suspendê-la por sua ausência na câmara, já que, segundo assinalou, ''outros deputados também se ausentaram por mais tempo e não foram sancionados'' pela formação.
Em sua opinião, sua cessação foi ''uma medida preventiva'' por parte dos ''poderosos'' políticos que temeram em algum momento que ela revelasse ''coisas sobre eles durante a realização do reality''.
A aventura de Nadine na floresta australiana durou apenas 16 dias, nos quais ela esperava divulgar ao grande público algumas de suas ideias políticas - como a de reduzir o tempo legal para abortar, de 24 para 20 semanas.
Apesar da polêmica criada, segundo fontes do Partido Conservador, a deputada, que anunciou que doaria à associações beneficentes o dinheiro relativo a sua atividade política durante o tempo que esteve no reality, terá a possibilidade de explicar seus atos e reivindicar sua reinserção plena no Parlamento.