Mundo

Democratas reduzem expectativa de vagas no Congresso dos EUA

Norte-americanos votam hoje para preencher 34 das 100 vagas do Senado e todas as 435 cadeiras de deputados

Congresso americano: as duas casas do Congresso são dominadas atualmente pelos republicanos (Douglas Graham/Getty Images)

Congresso americano: as duas casas do Congresso são dominadas atualmente pelos republicanos (Douglas Graham/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 10h53.

Washington - Os democratas dos Estados Unidos estão menos esperançosos de obter muitas cadeiras no Congresso mesmo que sua candidata presidencial, Hillary Clinton, vença a eleição desta terça-feira.

A campanha de Hillary pode ter perdido fôlego suficiente para frear o avanço de seus partidários no Senado e na Câmara dos Deputados, algo resultante de um anúncio surpreendente do FBI no mês passado que ressuscitou a polêmica sobre o uso de emails da ex-primeira-dama, disseram assessores de congressistas e analistas.

Se esse for o caso, opinaram, os republicanos provavelmente vão defender sua maioria na Câmara e podem ser capazes de manter alguns assentos no Senado vistos há muito tempo como expostos a uma ofensiva democrata.

Os norte-americanos votam nesta terça-feira para escolher Hillary ou o republicano Donald Trump como presidente e para preencher 34 das 100 vagas do Senado e todas as 435 cadeiras de deputados -as duas instâncias são controladas pelos republicanos na atualidade.

O site de pesquisas RealClearPolitics não indicava nenhuma tendência clara nas principais disputas das duas casas na segunda-feira, já que os democratas estavam à frente em alguns Estados-pêndulos e seus opositores em outros.

Uma análise de disputas ao Senado divulgada também na segunda-feira pelo projeto "Crystal Ball" do cientista político Larry Sabato, da Universidade da Virgínia, projetou que a eleição irá terminar com 50 vagas para cada partido.

A continuação do domínio republicano no Congresso pode frear qualquer pauta legislativa encampada por Hillary. Uma vitória de Trump, aliada a um Congresso republicano, pode levar a um fim abrupto a reforma de saúde do presidente democrata, Barack Obama, conhecida como Obamacare.

Um assessor democrata de alto escalão disse que a controvérsia a respeito dos emails de Hillary, que voltaram à tona quando o diretor do FBI, James Comey, disse no dia 28 de outubro que sua agência iria examinar emails recém-descobertos para saber se estes diziam respeito ao uso de um servidor particular de Hillary quando era secretária de Estado, pode reduzir em ao menos 10 o número de assentos que seus correligionários podem conquistar dos republicanos na Câmara dos Deputados.

No domingo, Comey disse ao Congresso que, após a revisão mais recente, iria manter sua decisão de julho, a de que não há justificativa para acusar criminalmente a ex-senadora.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)Hillary Clinton

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história