George Santos: comissão que investigou Santos o acusou de utilizar dinheiro de doadores para tratamentos com botox e para pagamentos no site OnlyFans (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 06h58.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2024 às 09h18.
Os eleitores de uma área dos subúrbios de Nova York escolheram na terça-feira, 13, um democrata para substituir o congressista republicano de origem brasileira George Santos, que foi expulso da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.
Os canais CNN e NBC News projetaram a vitória de Tom Suozzi na disputa contra a republicana Mazi Pilip, em uma votação que foi afetada por uma nevasca.
Suozzi, um político veterano que já havia ocupado a cadeira na Câmara antes de disputar, sem sucesso, o cargo de governador do estado de Nova York, cumprirá os 11 meses restantes do mandato de Santos.
O legislador republicano de 35 anos, filho de imigrantes brasileiros, foi destituído em dezembro pelo Congresso, após denúncias de diversas irregularidades e crimes financeiros.
Santos foi o terceiro legislador expulso do Congresso dos Estados Unidos desde a Guerra Civil, após um processo que antes era reservado a traidores e criminosos condenados.
A comissão que investigou Santos o acusou de utilizar dinheiro de doadores para tratamentos com botox e para pagamentos no site OnlyFans, além de artigos de luxo e para pagar fériasférias. Ele nega qualquer conduta inadequada.
A vitória democrata reduz ainda mais a estreita maioria dos republicanos na Câmara de Representantes.
O prefeito da cidade, o democrata Eric Adams, afirmou que a vitória de Suozzi é "uma boa notícia para Nova York".
George Santos foi expulso da Câmara de Representantes por acusações de irregularidades e crimes financeiros
Os dois partidos travaram uma campanha agressiva: os republicanos tentaram mostrar Suozzi como alguém brando com a imigração ilegal e os democratas atacaram as posições contrárias ao aborto de Pilip.
A imigração e o aborto são temas políticos centrais quando o país se prepara para as eleições presidenciais de novembro, que provavelmente serão uma reedição da disputa de 2020 entre o presidente Joe Biden e Donald Trump.