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Debate de republicanos se concentra em emprego

Outro tema abordado pelos pré-candidatos foi a previdência social

No segundo debate, pré-candidatos republicanos atacaram o presidente Barack Obama
 (Win McNamee/Getty Images/AFP)

No segundo debate, pré-candidatos republicanos atacaram o presidente Barack Obama (Win McNamee/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 08h25.

Tampa - O governador do Texas, Rick Perry, e o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney protagonizaram o segundo debate dos pré-candidatos republicanos nesta segunda-feira, em Tampa, Flórida, centrado na criação de empregos e na previdência social.

Os oito aspirantes ao cargo do democrata Barack Obama nas eleições de 2012 enfrentaram um público formado principalmente por aposentados, em um estado onde os eleitores da terceira idade têm sido fundamentais.

O debate abordou criação de empregos, medidas fiscais, imigração e, principalmente, a previdência social e a assistência médica para os menos favorecidos (Medicare).

"Algo está garantido, o programa (de assistência) vai estar aí", disse Perry mudando sua posição da semana passada no debate na Califórnia, quando rejeitou o controle do estado federal sobre a assistência médica dos americanos.

Romney, sem revelar de forma clara que mudanças fará no atual sistema de previdência social e assistência médica, atacou Perry por ter afirmado que trata-se de um "esquema de pirâmide" cujo controle pelo Estado é "inconstitucional".

"Ninguém tem a coragem de dizer que é preciso reformar o sistema", respondeu o governador texano, que lidera a preferência do eleitorado republicano, com 30% das intenções de voto, contra 18% para Romney.

A congressista por Minnesota Michele Bachmann, 'queridinha' dos ultraconservadores do Tea Party, lembrou que é a autora principal do projeto de lei para revogar o sistema de assistência médica de Obama.

Sobre o recorrente tema da imigração ilegal, os pré-candidatos republicanos defenderam mais militares na fronteira, a construção do muro e tolerância zero.

"Não há ninguém aqui que já tenha lidado tanto com este tema da segurança na fronteira como eu, que tenho 1.920 km entre o Texas e o México", disse Perry.

O governador texano destacou que seu estado gastou 400 milhões de dólares dos contribuintes para enviar forças de segurança à fronteira, onde o governo federal tem fracassado em evitar a entrada de imigrantes ilegais.

"O que é preciso são botas no campo", disse Perry, no momento em que Washington tem cerca de 1.200 homens da Guarda Nacional na fronteira.

Por outro lado, Perry destacou que seu governo permitiu o acesso ao ensino público de imigrantes ilegais que vivem no Texas, no que foi criticado por Michele Bachman: "isto é igual ao Dream Act do estado federal (...) que concede benefícios com o dinheiro do contribuinte a pessoas que violam a lei".

"Precisam concordar em aprender a falar inglês, aprender história americana e nossa constituição", disse Bachman.

A maior parte dos pré-candidatos se manifestou a favor da construção de um muro na fronteira, mas também admitiu a dificuldade de se gastar milhões de dólares em sua construção no momento em que o eleitorado pede apenas trabalho e transparência sobre a previdência social e a saúde.

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