Primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte (D), e o presidente dos EUA, Barack Obama: primeiro-ministro holandês se mostrou "muito orgulhoso com os resultados" (Sean Gallup/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 13h05.
Haia - O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerraram a III Cúpula sobre Segurança Nuclear com o compromisso dos 53 países presentes de reforçar a organização para a reunião 2016 em Washington.
Obama declarou que "a partir de agora, não se deve relaxar, mas acelerar os esforços para reforçar a cúpula de 2016", quando a organização do fórum voltará aos Estados Unidos, como ocorreu em 2010 quando foi realizada sua primeira edição.
Durante a reunião, 35 países se compromoteram a passar por avaliações internacionais de suas medidas de proteção de materiais nucleares e a adotar em nível legislativo nacional diretrizes nesse âmbito.
O primeiro-ministro holandês, anfitrião desta cúpula, se mostrou "muito orgulhoso com os resultados".
Dois terços dos 53 países de todo o mundo que participaram da cúpula aceitaram assim estas medidas em favor da segurança e para lutar contra o terrorismo nuclear.
"Foi possível muito dentro e fora de nossas sessões plenárias", indicou, em referência à oportunidade que os líderes mundiais tiveram para debater entre si temas relacionados ou de preocupação internacional, como a crise ucraniana, que reuniu o G7 na noite da segunda-feira.
Rutte avaliou especialmente a discussão mantida na primeira jornada sobre quais ações poderiam ser coordenadas em caso de terrorismo nuclear -um "cenário fictício, mas que espero que nunca se realize", disse- que rendeu uma "frutífera troca" de impressões e experiências.
"A principal conclusão é que nosso compromisso político é inquebrantável" em favor da segurança nuclear, enfatizou.
Rutte confiou que o processo gerado nestas cúpulas, um formato que o próprio Obama projetou em 2010, leve a "impulsionar ações globais".
"O compromisso dos países me dá grande confiança no esforço que temos pela frente", declarou.
Obama considerou que o processo que levou à realização destas cúpulas é de "transição" e que a partir de agora os países têm "que ver o que fazer, além de 2016, para que o processo siga vivo e seja efetivo".