Mercosul: o encontro deve abordar a crise da Venezuela e o futuro do acordo com a União Europeia (Marcos Brindicci/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de julho de 2017 às 11h20.
Mendoza - Os chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) iniciaram nesta sexta-feira na cidade de Mendoza, no oeste da Argentina, a cúpula semestral do bloco após um ano e meio sem encontros presidenciais.
Na reunião, participam os governantes dos quatro Estados-membros do Mercosul: o argentino Mauricio Macri, o brasileiro Michel Temer, o uruguaio Tabaré Vázquez e o paraguaio Horacio Cartes.
Também estão presentes Michelle Bachelet, presidente do Chile, um dos países associados ao bloco, e Evo Morales, da Bolívia, que está em processo de adesão plena ao Mercosul.
Além disso, estão presentes representantes de Peru, Equador, Colômbia, Guiana e Suriname - todos eles Estados associados -, e do México, que comparece como convidado especial.
"No século XXI, o Mercosul é o principal espaço que temos para fortalecer as relações econômicas entre nós e com o mundo" com o objetivo de "nos projetarmos" com "uma voz", disse Macri na abertura da sessão.
Espera-se que neste encontro os presidentes abordem a severa crise política, econômica e social da Venezuela, país que foi suspenso do bloco em dezembro por não ter adotado o marco normativo do Mercosul dentro dos prazos estabelecidos.
Também está previsto que sejam analisados assuntos da agenda comercial do bloco, com o foco sobre o futuro acordo de livre comércio com a União Europeia, a aproximação com a Aliança do Pacífico e o fortalecimento dos intercâmbios internos.
Nesta cúpula, a primeira que acontece em um ano e meio, Macri transferirá a presidência temporária do Mercosul a Temer.
O encontro acontece em um luxuoso hotel nos arredores da cidade de Mendoza, que fica cerca de mil quilômetros a oeste de Buenos Aires, em meio a um forte dispositivo de segurança.