Acidente em Cuba: três mulheres sobreviveram ao acidente, o pior em Cuba em quase 30 anos (Adalberto Roque/AFP)
Reuters
Publicado em 19 de maio de 2018 às 16h40.
Havana - Bandeiras estavam erguidas a meio mastro em Cuba neste sábado, marcando o início dos dois dias de luto oficial enquanto autoridades trabalhavam para identificar os corpos de mais de 100 pessoas que morreram na queda de um Boeing 737 pouco após a decolagem em Havana.
Angustiados, parentes de vítimas do acidente de sexta-feira, a maioria delas cubanas, choraram e se abraçaram na porta do necrotério, onde deram informações sobre seus entes queridos a autoridades para ajudar no processo de identificação.
Três mulheres sobreviveram ao acidente, o pior em Cuba em quase 30 anos, mas estavam em estado grave, tendo sofrido queimaduras e outros traumas, segundo disse neste sábado o diretor do hospital em Havana onde elas estão sendo atendidas.
A aeronave de quase 40 anos carregava 105 passageiros além de membros da tripulação em um voo doméstico para Holguín, no leste do país, disse a imprensa estatal cubana. Dois cidadãos argentinos e um número ainda não definido de mexicanos estão entre os mortos, segundo os governos argentino e mexicano.
Investigadores cubanos estavam trabalhando sem parar no local do acidente, uma região agrícola 20 quilômetros ao sul de Havana, remexendo os destroços incendiados da aeronave em busca de evidências, disseram autoridades cubanas.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, visitou no sábado o necrotério onde as vítimas estavam sendo identificadas. O acidente é o primeiro grande teste de sua presidência depois de assumir o cargo passado por Raúl Castro no mês passado. Na sexta-feira ele também visitou o local do acidente.
Especialistas cubanos recuperaram uma das caixas pretas do avião em "boas condições", de acordo com o ministro dos Transportes Adel Yzquierdo, que falou ao canal de TV estatal cubano no sábado.