Homem passa por um retrato do ex-presidente cubano Fidel Castro em Havana, Cuba (Enrique de la Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 15h12.
Havana - Em clima de muita tranquilidade, Cuba se prepara para celebrar nesta quarta-feira os 55 anos da revolução que levou o ex-presidente Fidel Castro ao poder, em ato político realizado na cidade de Santiago.
A comemoração acontecerá no parque "Carlos Manuel de Gramados", onde aconteceu no dia 1º de janeiro de 1959 o triunfo da revolta armada que derrubou a ditadura de Fulgencio Batista, provavelmente com a presença do atual chefe de estado, Raúl Castro.
O jornal "Serra Maestra" informou hoje que cerca de 3.500 pessoas acompanharão o ato, que incluirá "arte e oratória", e será dedicado aos jovens e mulheres da ilha.
Além de Raúl Castro, que deverá comemorar as solenidades, outros membros do governo e do Partido Comunista deverão estar em Santiago, situada a 900 quilômetros ao leste de Havana.
No último dia 21, em seu discurso na Assembleia Nacional, o presidente já havia felicitado o "nobre e heróico povo cubano", pelo Ano Novo e pelo 55º aniversário da revolução.
Assim como em 2009, no cinquentenário da data, é possível que o maior ausente seja o líder do processo revolucionário, Fidel Castro, de 87 anos, que apresenta saúde frágil desde antes de seu afastamento do poder, em 2006.
A última aparição do "Grande Comandante" aconteceu em abri deste ano, na inauguração de uma escola.
As comemorações ganharam o lema "Novos desafios, novas vitórias", que são amplamente divulgadas em mensagens televisivas. Pelas ruas de Cuba, diversas bandeiras são vistas penduradas em casa, edifícios públicos e estabelecimentos comerciais.
Nos últimos dias, os veículos de imprensa oficiais publicaram diversas reportagens sobre os confrontos travados pelos rebeldes, que culminaram na revolução do dia 1º de janeiro.
Neste ano, a comemoração pela vitória chega em meio a ampliação das reformas econômicas para "atualizar" o modelo socialista cubano, com medidas como a esperada reforma migratória e o anúncio de uma próxima e gradual eliminação do sistema de dupla moeda do país.
Único país comunista do Ocidente, Cuba ganhou importante respaldo de reinserção regional, ao assumir em janeiro passado a presidência temporária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac).