Mundo

Cuba rejeita exclusão de Maduro da Cúpula das Américas

País reafirmou apoio "invariável" a seu principal aliado político na América Latina e condenou o pronunciamento do Grupo de Lima

Maduro: Cuba denunciou que a exclusão do presidente venezuelano do encontro é contrária "aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas" (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Maduro: Cuba denunciou que a exclusão do presidente venezuelano do encontro é contrária "aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas" (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 13h52.

Havana - Cuba rejeitou "categoricamente" nesta quinta-feira a decisão do Peru de excluir o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, da 8ª Cúpula das Américas, que acontece em abril, e reafirmou o apoio "invariável" a seu principal aliado político na América Latina.

Em uma declaração publicada nos jornais oficiais "Granma" e "Juventud Rebelde", o Ministério das Relações Exteriores de Cuba também condenou "energicamente" o pronunciamento do Grupo de Lima, que exigiu de Maduro um novo calendário eleitoral em rejeição às eleições presidenciais convocadas pelo chavismo.

O país caribenho considerou que esta é "uma intromissão inaceitável nos assuntos internos" da Venezuela.

Além disso, Cuba denunciou que tanto a exclusão como a posição do Grupo de Lima são contrárias "aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas".

Assim, Cuba se posiciona em favor de seu aliado e contra países como Estados Unidos e Canadá, que apoiaram a decisão de não convidar Maduro à Cúpula das Américas, que reúne os governantes dos países do continente a cada três anos.

A próxima edição acontecerá na capital peruana nos dias 13 e 14 de abril.

Para Cuba, é "insólito e inacreditável" que se use como "pretexto" uma suposta ruptura inconstitucional da ordem democrática na Venezuela depois que o país "acaba de convocar eleições presidenciais, tal como era exigido antes".

"O Ministério das Relações Exteriores ratifica a invariável solidariedade de Cuba com a Venezuela e com a união cívico-militar de seu povo que é liderada pelo presidente constitucional Nicolás Maduro", concluiu o governo cubano na declaração.

Cuba, que foi convidada pela primeira vez à Cúpula das Américas em 2015 após sua expulsão da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1962, ainda não confirmou sua presença na reunião em Lima.

O Grupo de Lima, que reúne diversos países da América Latina e do Caribe, entre eles o Brasil, realizou na terça-feira uma reunião depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convocou eleições para 22 de abril na semana passada.

A data e as condições para as eleições presidenciais foram um dos principais empecilhos nas negociações entre o governo venezuelano e a oposição na República Dominicana.

Acompanhe tudo sobre:CubaNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil