Policiais à paisana e apoiadores do governo cubano durante protestos em Havana (Alexandre Meneghini/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2021 às 20h26.
Última atualização em 13 de julho de 2021 às 20h27.
O governo de Cuba registrou nesta terça-feira, 13, a primeira morte relacionada aos protestos contra a escassez de alimentos e vacinas contra a covid-19 que atingem o país desde o fim de semana. Segundo o ministério do Interior, uma pessoa morreu na segunda-feira, 12, na periferia de Havana.
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Segundo a Agência Cubana de Notícias, a vítima foi identificada como Diubis Laurencio Tejeda, de 36 anos. O governo lamentou a morte, mas não esclareceu as circunstâncias em que ela ocorreu.
Mais cedo, o governo reforçou o policiamento nas ruas do país enquanto o presidente Miguel Díaz-Canel acusa os cubano-americanos de usar as redes sociais.
Cuba amanheceu sem internet móvel e com uma forte presença policial nas ruas de Havana, um dia após milhares de cubanos saírem às ruas em protesto contra o governo e a crise econômica e sanitária que atravessam.
Na segunda-feira, 12, dezenas de mulheres reunidas em frente às esquadras da polícia tentavam obter informações sobre o paradeiro de maridos, filhos e parentes presos ou desaparecidos durante as manifestações.
Até o momento, as autoridades não divulgaram ainda um número oficial de detenções, mas existe uma lista provisória elaborada por ativistas locais que conta com 65 nomes só em Havana.
Entre os detidos há personalidades conhecidas como o artista Luis Manuel Otero Alcántara, o dissidente moderado Manuel Cuesta Morúa ou o dramaturgo Yunior García Aguilera.