Cubano-americano em Miami: esta não é a primeira empresa da Flórida a oferecer o serviço a Cuba, mas é a primeira, em décadas, a oferecer um serviço semanal regular (©AFP/Archivo / Roberto Schmidt)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2012 às 21h53.
Havana - Um pequeno navio cargueiro entrou na sexta-feira na baía de Havana procedente de Miami, algo que não ocorria havia 50 anos.
O Ana Cecília transportava apenas um contêiner com comida e outros itens, mas ele foi o começo do que a empresa International Port Corp promete ser uma linha marítima semanal entre os dois países, inimigos ideológicos.
Há outras linhas de navegação entre os dois países, mas não partindo de Miami, reduto de exilados que fazem oposição ao regime comunista da ilha.
A criação da nova linha marítima dependeu de uma licença especial, por causa do embargo comercial dos EUA contra Cuba, em vigor desde 1962. Nos últimos anos, o governo de Barack Obama tem adotado medidas limitadas para atenuar os efeitos do embargo sobre os cubanos.
A International Port Corp poderá transportar itens que o governo dos EUA considerem ajuda humanitária -alimentos, remédios, eletrodomésticos, móveis e roupas-, enviados por familiares e grupos autorizados. O navio tem espaço para 16 contêineres, e cobra 5,99 dólares por libra-peso (454 gramas).
O Ana Cecília deveria ter chegado na quinta-feira, mas foi apanhado por turbulências no mar de burocracia do serviço alfandegário cubano. A nova linha pode enfrentar mais problemas a partir de setembro, quando entram em vigor novas tarifas de importação em Cuba, possivelmente desestimulando o envio de materiais.