Um homem sem-teto dorme em rua de Havana, em Cuba (REUTERS/Enrique de la Osa)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 20h12.
Havana - As sanções econômicas dos <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/estados-unidos">Estados Unidos </a></strong>contra <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/cuba">Cuba </a></strong>custaram ao país 3,9 bilhões de dólares no comércio exterior no ano passado, ajudando a elevar a estimativa global dos prejuízos econômicos para 116,8 bilhões de dólares ao longo dos últimos 55 anos, disse Cuba nesta terça-feira.</p>
Os números foram publicados em um relatório que Cuba prepara para a Organização das Nações Unidas a cada ano ao pedir uma resolução para acabar com o abrangente embargo econômico dos EUA e outras sanções contra o governo comunista de Cuba.
As Nações Unidas aprovaram a resolução por 22 anos consecutivos com esmagador apoio. No ano passado, a votação foi de 188 a 2, com apenas os Estados Unidos e Israel votando contra a resolução.
Embora muitos aliados dos EUA se juntem a Washington para criticar o sistema de partido único de Cuba e a repressão de opositores políticos, os norte-americanos perderam quase todo o suporte internacional para o embargo desde o colapso da União Soviética.
Nenhuma outra nação, além dos Estados Unidos, tem um embargo econômico contra Cuba.
Cuba, por sua vez, usa o embargo para conter o descontentamento interno com uma economia estagnada.
"Não existe, e não tem havido no mundo, tamanha violação aterrorizante e vil dos direitos humanos de todo um povo do que o bloqueio liderado pelo governo dos EUA contra Cuba há 55 anos", disse o vice-ministro de Relações Exteriores, Abelardo Moreno, a jornalistas.
Depois que Fidel Castro chegou ao poder em Cuba em 1959, os Estados Unidos impuseram sanções iniciais em 1960 e, em seguida, um embargo total em 1961.