Mundo

Cuba diz que não deve constar em nenhuma lista dos EUA

O governo cubano disse que não deve constar em nenhuma lista unilateral nem ser vigiado pelos Estados Unidos


	Bandeira de Cuba: "Cuba não deve constar em nenhuma lista unilateral nem ser objeto de vigilância alguma"
 (Thinkstock)

Bandeira de Cuba: "Cuba não deve constar em nenhuma lista unilateral nem ser objeto de vigilância alguma" (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 16h41.

Havana - O governo de Cuba afirmou nesta quarta-feira que não deve constar em nenhuma lista negra "unilateral" nem ser vigiado pelos Estados Unidos em resposta à retirada do país da lista de nações que não faziam o suficiente para combater o tráfico humano.

"Cuba não deve constar em nenhuma lista unilateral nem ser objeto de vigilância alguma", assinala um comunicado divulgado no site da chancelaria cubana, no qual se reitera o compromisso do governo de Raúl Castro "com a tolerância zero na luta contra a prostituição e o comércio sexual ou outras formas de tráfico humano".

O governo cubano destaca nesse comunicado que a ilha trabalha para cumprir "os padrões internacionais em matéria de luta contra este flagelo e outros delitos de caráter global".

Uma semana depois do restabelecimento dos vínculos diplomáticos bilaterais e dois meses após a retirada de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo, o Departamento de Estado dos EUA retirou Cuba nesta segunda-feira da pior categoria de seu relatório anual sobre o tráfico de pessoas no mundo.

No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores cubano considera que o relatório americano sobre o tráfico humano "continua apresentando elementos tendenciosos e manipulados" sobre o trabalho "abnegado" e de "amplo reconhecimento internacional" dos colaboradores médicos da ilha em terceiros países.

Segundo a chancelaria, o texto "distorce o caráter educativo e formativo do sistema educacional cubano" ao mostrar como "trabalho forçado" as "tarefas realizadas pelos estudantes cubanos" dentro da iniciativa conhecida desde o início da revolução como "escola ao campo".

A inclusão nesta lista, na qual permanecem Venezuela, Rússia, Irã, Síria e Coreia do Norte, abre a porta para a imposição de sanções como o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial por parte dos EUA.

Cuba aparecia nessa relação desde 2003 e foi transferida este ano à categoria denominada de "observação especial", na qual estão também Bolívia, Costa Rica, Haiti, Jamaica e China, entre outros.

O relatório sobre o tráfico humano examina a situação em 188 países do mundo e avalia o grau em que seus governos cumprem os padrões de combate a esse flagelo estabelecidos em uma lei americana do ano 2000. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil